Cozinhas de Salvador: conheça duas das mais bonitas da cidade

Tem uma completamente integrada à sala e outra, de uma pousada, aberta e cheia de elementos afetivos

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  • Daniel Silveira

Publicado em 30 de agosto de 2018 às 09:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Renato Santana/CORREIO

“A cozinha é o coração da casa”,diz Fernanda Cabrini, dona da Pousada do Boqueirão, no Santo Antônio Além do Carmo. E a de lá é linda, cheia de ladrilhos hidráulicos, móveis antigos de madeira e toda trabalhada no estilo colonial do Casarão. De outro lado,  a “cozinha de estar” do apartamento do arquiteto Thiago Manarelli. Completamente integrada à sala, ela se transforma para receber amigos e familiares. Os armários são rosa seco, os eletrodomésticos em inox e parte da estrutura fica aparente. Que tal se inspirar nesses exemplos? O arquiteto Thiago Manarelli apostou na cozinha integrada à sala (Foto: Divulgação) Cozinha de estar Uma das primeiras coisas que o arquiteto Thiago Manarelli pensou quando comprou o apartamento onde mora foi: ter uma cozinha aberta ou uma ‘cozinha de estar’. “Queria, na reforma, que ela fosse uma continuidade da sala”, lembra.

Para isso, decidiu quebrar a parede que separava os espaços. Mas, antes de sair com a marreta, derrubando tudo, é preciso saber se sua parede pode mesmo ir embora. É necessário um parecer técnico para garantir que a casa não vai cair - literalmente. Um dos benefícios foi o aumento da circulação de ar. A área de serviço é como se fosse uma continuidade da cozinha. O uso do mesmo revestimento no chão e na parede garante essa ideia (Foto: Divulgação) Feito isso, ele resolveu unir duas linguagens visuais: o romântico e o industrial. A mistura foi conquistada usando um armário com linhas clássicas e retrô rosa seco. “A ideia era uma pegada antiga, mas sem cara de avó”, afirma. Para balancear, ele uniu ao tom o cinza do mármore no chão e na parede, além do cimento queimado no teto e dos pedaços em concreto aparente do que sobrou da demolição. “O mármore vai até o peitoril da janela e segue direto até a área de serviço”, comenta o arquiteto. Isso garante continuidade e amplia o ambiente.  A mudança de ambiente é garantida pela diferenciação do revestimento do piso entre sala e cozinha, mas sem nenhuma parede o apartamento ganhou mais circulação de ar (Foto: Divulgação) Para servir de apoio tanto às tarefas do dia a dia quanto para fazer as refeições, o arquiteto optou por uma bancada. “Colocamos rodízio e usamos o mesmo mármore que está no chão e na parede no tampo”, diz. As rodas facilitam a movimentação. “Quando a gente recebe pessoas, dá para colocar num canto, para ganhar espaço de circulação”, revela. “Queria fazer uma ilha que não fosse fixa”, aponta. Já o forno e o micro-ondas ficam no armário na parede. “Quis fazer como se fosse uma cristaleira”, completa, reforçando a pegada mais romântica.

Cadastre seu e-mail e receba novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, pets, tecnologia, bem-estar, sexo e o melhor de Salvador e da Bahia, toda semana: Cozinha da Pousada do Boqueirão é afetiva para dona e hóspedes (Foto: Renato Santana/CORREIO) Coração da casa Morando há 38 anos no Brasil, a cozinheira Fernanda Cabrini montou, há 18, a Pousada do Boqueirão, no Santo Antônio Além do Carmo. Quando começou a obra, uma das primeiras partes em que pensou foi a cozinha, com a ideia de abrir o ambiente. O que a separa do salão por onde passam hóspedes é apenas um balcão. “Queria que fosse compartilhada”, afirma.

Diferentemente de cozinhas de hotéis e pousadas, que na maioria das vezes ficam escondidas dos hóspedes, essa fica à vista. E aberta a qualquer um que queira participar da rotina da casa. “Não queria nada muito asséptico”, diz a cozinheira. “Ela tinha que ser viva porque minha comida tem esse espirito”. A cozinha da Pousada do Boqueirão é aberta, inclusive para os hóspedes, que podem entrar no espaço e assistir às tarefas realizadas no espaço (Foto: renato Santana/CORREIO) Para tornar o espaço afetivo, Fernanda incluiu elementos pessoais. “A cozinha é o coração da casa, é lá onde eu passo a maior parte de meu tempo”, diz. Por isso, quem chega lá encontra panelas de barro, colheres  e tábuas de madeira.

Os ladrilhos hidráulicos e os azulejos  20x20 ajudam a dar um clima antigo, conversando com a arquitetura da casa e do bairro. A mesa entrou na pousada no dia da abertura. “É uma das minhas peças mais queridas, está velhinha, mas é bem funcional, junto com as quatro cadeiras compradas em uma loja de móveis antigos”, comenta. As cadeiras ainda mantêm a tinta azul original, meio descascada pelo tempo. Ladrilho hidráulico, mesa de madeira e cadeiras compradas em uma loja de móveis antigos marcam a decoração da cozinha de Fernanda Cabrini (Foto: Renato Santana/CORREIO) “Não queria uma bancada de inox ou uma iluminação em neon, fria”, conta. Por isso, todas as bancadas são de uma pedra que a italiana foi buscar na Chapada Diamantina, na região de Lençóis, que tem um tom avermelhado. “Ela é lisa, o que facilita a limpeza”, conta. Substitui bem o granito e outras elementos mais frios.Siga o Bazar nas redes sociais e saiba das novidades de gastronomia, turismo, moda, beleza, decoração, tecnologia, pets, bem-estar e as melhores coisas de Salvador e da Bahia: