Creche em que menino se afogou no Cabula é periciada

Victor, de 2 anos e 9 meses, foi socorrido para UPA, mas não resistiu

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  • Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 21:45

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Almiro Lopes/CORREIO

A perícia na creche onde o pequeno Victor, de 2 anos e 9 meses, se afogou, na manhã desta quinta-feira (15), foi iniciada por volta de 20h. Os peritos chegaram por volta de 19h30 à Escola Construir, que fica na Travessa Senhor do Bonfim, no Cabula VI, em Salvador, e aguardaram a chegada de um responsável para abrir o imóvel.

Dois funcionários estiveram no local e deram acesso ao local para a polícia técnica. Eles afirmaram, no entanto, que não estavam na unidade no momento em que o afogamento aconteceu. 

Vizinhos contam que a criança foi retirada já desmaiada do local, mas que até então não tinham notícias do que de fato havia ocorrido. 

Victor foi socorrido para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Cabula, ao lado do Hospital Geral Roberto Santos, porém não resistiu. Os pais e familiares foram ao local, mas não falaram com a imprensa. Policiais na frente de unidade de saúde para onde menino foi socorrido (Foto: Almiro Lopes/CORREIO) Na frente do hospital, outros parentes e amigos aguardavam e davam suporte ao casal. O irmão do pai da criança chegou a falar com a imprensa, e informou que o pai havia pedido que nada fosse falado sobre o assunto. “Nem tem nada o que falar, né?”, disse o tio de Victor.

De acordo com ambulantes que trabalham em frente à UPA, o menino chegou carregado por dois homens e, aparentemente, sem sinais vitais.“O menino já chegou inconsciente, pálido. Ele chegou na UPA mais ou menos 11h. A mãe recebeu a notícia chorando, dizendo que queria ver o filho”, contou um ambulante. Uma paciente que aguardava atendimento viu o menino dar entrada na unidade hospitalar. “Ele estava branco e o pezinho já estava roxo”, comentou, sem se identificar. O pai chegou cerca de uma hora depois de a criança receber atendimento. A mãe estaria sendo medicada por conta do choque da notícia. Ainda não há detalhes de como o afogamento ocorreu.

No posto policial do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) nenhum boletim de ocorrência foi registrado já que a 11ª Delegacia (Tancredo Neves) assumiu a investigação. O corpo de Victor foi removido pelo Departamento de Perícia Técnica (DPT) da UPA às 18h. Policiais aguardam chegada de funcionários de creche para iniciar perícia (Foto: Almiro Lopes/CORREIO) O delegado Thiago Pinto, da 11ª Delegacia, ouviu funcionários e donos da Escola Construir e ainda ouviria os pais. De acordo com um perito técnico, há a possibilidade de responsabilização da creche por negligência.

A UPA é administrada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), que informou ao CORREIO, em nota, que não divulga informações sobre pacientes. Nenhum representante da creche foi localizado para comentar o caso.