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Criação da CPI para apurar grampos ilegais da SSP tem adesão de 14 deputados


 

Por Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

  • Da Redação

Publicado em 23/08/2017 às 16:30:00
Atualizado em 17/04/2023 às 11:25:04
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O requerimento que pede a criação de uma CPI para apurar suspeitas de grampos ilegais no âmbito da Secretaria da Segurança Pública (SSP) já ganhou a adesão de 14 dos 21 parlamentares da oposição na Assembleia Legislativa. As assinaturas estão sendo colhidas pelo deputado estadual Soldado Prisco (PPS), que denunciou a existência de um relatório em que a cúpula da SSP é acusada de fornecer equipamentos para gravar desembargadores baianos. O documento foi elaborado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público estadual (MP). De acordo com Prisco, os outros sete membros da bancada garantiram endossar hoje o pedido. Caso a promessa seja cumprida, a CPI assegura o mínimo de assinaturas necessárias para o pedido de instalação.

Dupla trincheira Soldado Prisco vai solicitar ainda à Procuradoria da República e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) detalhes sobre as investigações da Operação Vortigern, que apura vazamento de informações sigilosas no Tribunal de Justiça da Bahia. Entre os alvos, está a Superintendência de Inteligência da SSP.

Movimento nos trilhos Prefeitura, empresas de ônibus, governo do estado e CCR estão perto de fechar acordo para incluir os veículos do Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec) no pacote de integração entre os coletivos de Salvador e o metrô.  Hoje, a Stec possui uma frota com cerca de 290 micro-ônibus, que atuam sobretudo para ligar bairros periféricos às linhas de maior fluxo.  Nos últimos dias, foram realizadas ao menos três reuniões para concluir as negociações. A princípio, a ideia é unificar a operação do Stec ao consórcio Integra ou diretamente ao metrô.

Bonde livre Após o governo do estado retirar dez PMs que faziam a segurança da Câmara de Vereadores, já foram registrados seis assaltos à mão armada na Ladeira da Praça de sexta-feira até a tarde de ontem. Os dados sobre a criminalidade nos arredores do Legislativo municipal desde o corte dos policiais estão sendo reunidos diariamente pelo  presidente da Casa, Leo Prates (DEM).

Mais um cerco O Ministério Público Federal (MPF) ofereceu uma nova denúncia penal contra o deputado Luiz Caetano (PT), acusado de crime previsto na Lei de Licitações quando era prefeito de Camaçari. No pedido, o MPF solicita que o petista cumpra de 3 a 5 anos de prisão por ilegalidade em um contrato para o anel ferroviário da cidade. Como o parlamentar possui foro privilegiado, o caso foi remetido ao Supremo.  Caetano tem colecionado revezes na Justiça, com duas condenações por improbidade.

Dendê na tropa A nova procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, escolheu no MPF baiano um dos 12 nomes de sua equipe anunciada ontem. Pablo Coutinho Barreto, procurador da área de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, assumirá as secretarias Pericial e de Pesquisa da PGR.

Pílulas Braço cruzado  Pelo quorum da Assembleia na sessão de ontem, deputados estaduais da base aliada reativaram a ideia de declarar uma greve informal contra o Palácio de Ondina.  A maioria dos parlamentares que apareceram no plenário da Casa durante todo o dia pertencia à oposição. Pela bancada governista, o grosso da tropa era formada pelos quadros do PT. O sumiço tem origem na pressão para que o governador Rui Costa  libere o pagamento das emendas impositivas. 

Laço cortado  A eleição para a presidência da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, vencida anteontem por José Carneiro (PSDB), provocou a primeira baixa na base de apoio ao prefeito José Ronaldo (DEM). Roberto Tourinho (PV), rival de Carneiro, disse adeus sem volta  para o democrata.