Criado por baiana, grupo de mulheres contra Bolsonaro no Facebook sofre ataque cibernético

Baiana que é administradora do grupo teve redes sociais sequestradas

Publicado em 16 de setembro de 2018 às 10:02

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

O grupo do Facebook "Mulheres Unidas Contra Bolsonaro", que alcançou 2,2 milhões de membros,  foi hackeado e passou a exibir mensagens de apoio ao presidenciável do PSL. Uma baiana, que é uma das criadoras e administradoras do grupo, teve seu Facebook hackeado e registrou o caso na 1ª Delegacia (Barris) neste sábado (15).  Página teve nomes e administradores alterados Foto: Reprodução O grupo teve o nome alterado para "Mulheres Com Bolsonaro #17" e a administração foi substituída por homens. Após denúncias, o grupo foi retirado do ar pelo Facebook e será devolvido posteriormente às administradoras.

De acordo com boletim registrado pela baiana, além de seu Facebook, seu WhatsApp e sua linha telefônica também foram sequestrados digitalmente. Os invasores ainda teriam agredido verbalmente seus clientes. 

"Todas as providências jurídicas estão sendo tomadas para que os responsáveis por invadir as contas e comunicações pessoais das administradoras, sejam identificados e punidos de acordo com a lei", disse a baiana em um comunicado oficial publicado em sua conta, após conseguir rever seus dados. 

Durante o ataque, os responsáveis postaram mensagens ofensivas contra as mais de 2 milhões de participantes. "Esquerdistas de merda", disseram.

A capa do grupo chegou a ser assinada pela dupla "Eduardo Shinok e Felipe Shinok", que podem ser autores da invasão. 

A Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que o caso será investigado pela Polícia Civil através do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos. Ainda não há informações sobre a autoria do ataque. Em nota enviada ao CORREIO no início desta manhã, o Facebook informou que o grupo foi removido temporariamente. "O grupo foi temporariamente removido após detectarmos atividade suspeita. Estamos trabalhando para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras" , afirmou a rede social, em nota. 

Por volta das 12h30, o Facebook informou que "o grupo foi restaurado e devolvido às administradoras”.