Cristiano Ronaldo tenta sua 2ª taça pela seleção portuguesa

Único título do melhor do mundo pela seleção é a Eurocopa de 2016

Publicado em 9 de junho de 2019 às 14:49

- Atualizado há um ano

. Crédito: Patrícia de Melo Moreira / AFP

Autor de três golaços na vitória por 3 a 1 sobre a Suíça, na última terça-feira (3), na semifinal da Liga das Nações da Uefa, Cristiano Ronaldo volta a campo por Portugal neste domingo (9), às 15h45 (de Brasília), na decisão contra a Holanda, no estádio do Dragão, na Cidade do Porto, com o objetivo de voltar a brilhar e garantir ao seu país o seu segundo troféu continental em apenas três anos.

Em 2016, o atacante foi protagonista na histórica campanha que terminou com o inédito título da Eurocopa para a seleção portuguesa, que na decisão obteve uma vitória por 1 a 0 sobre a anfitriã França, dois anos antes de o time comandado por Didier Deschamps dar uma gloriosa volta por cima ao faturar o Mundial de 2018, na Rússia.

Será a terceira final continental disputada por Cristiano Ronaldo com a sua seleção e a segunda jogada em casa. Em 2004, então com uma grande promessa de 19 anos e sob o comando de Luiz Felipe Scolari, ele amargou uma surpreendente derrota por 1 a 0 para a Grécia na decisão, em Lisboa, para a decepção da grande maioria dos 62.865 torcedores que estavam no estádio da Luz.

O astro da Juventus ganhou o seu primeiro título continental com a camisa do Manchester United, com o qual faturou a Liga dos Campeões em 2008. E depois fez história de maneira brilhante pelo Real Madrid com outras quatro taças da competição, em 2014, 2016, 2017 e 2018, período em que se tornou o maior artilheiro da história do torneio.

Cristiano Ronaldo, porém, destaca que representar a seleção portuguesa em uma final europeia como a deste domingo é uma experiência ainda mais especial. "Como eu já disse, quando eu coloco a camisa da equipe nacional, é uma grande honra para mim e é um sentimento diferente do que é jogar por clubes. É o nosso país: minha família é portuguesa, meus amigos também. Eu cresci em Portugal, então é especial colocar a camisa da seleção nacional. E, obviamente, a chance de lutar por troféus torna isso mais especial, como foi na Euro de 2004 e na Euro de 2016, e como nesta competição será agora", afirmou o ídolo português, em entrevista concedida nesta semana ao site oficial da Uefa depois de ter dado show no triunfo sobre os suíços.

Já ao ser questionado sobre como se sente ao disputar a sua terceira decisão continental por Portugal, ele ressaltou: "Três finais, como você disse, e espero ganhar duas das três. Isso seria fantástico e tenho esperança - o mesmo acontece com a seleção. Nós somos positivos, estamos jogando em casa. Espero que o estádio esteja ótimo, que haja boa energia, que essa energia nos seja transmitida e que todos possam estar confiantes, porque vamos tentar dar o nosso melhor. Juntos, podemos nos tornar campeões".

Para Ronaldo, enfrentar a Holanda neste domingo também significará reencontrar alguns jogadores do Ajax que surpreenderam a Juventus nas quartas de final da última edição da Liga dos Campeões. E o astro alertou para a força do rival comandado pelo técnico Ronald Koeman, que vem promovendo uma renovação da seleção holandesa depois de o time nacional ter amargado dois fiascos históricos ao não conseguir se classificar para a Eurocopa de 2016 e para a Copa do Mundo de 2018.

"A Holanda é uma excelente seleção. Eles (holandeses) têm jogado muito bem. Tenho assistido a eles em partidas recentes e eles têm um time excelente, com grandes jogadores - jogadores jovens e jogadores mais experientes, o que torna a equipe ainda mais forte. Sabemos que será um adversário bastante difícil, mas penso que, tanto para Portugal como para a Holanda, isto é simplesmente como são as finais", analisou.

Nas semifinais, a Holanda superou a Inglaterra por 3 a 1, na última quarta-feira, em um duelo definido apenas na prorrogação, o que pode significar que a equipe chegará um pouco mais desgastada do que os donos da casa para esta decisão de domingo.

Entretanto, não faltará vontade e superação aos holandeses, pois o país não consegue conquistar um troféu expressivo desde 1988, quando faturou o título da Eurocopa com Ronald Koeman atuando como titular da zaga de um grande time que era dirigido por Rinus Michels e contava com craques como Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco van Basten. Este último, que se consagrou como um lendário atacante, marcou um antológico gol para fechar o placar da vitória por 2 a 0 sobre a União Soviética, em Munique, na final da competição realizada na Alemanha.

Naquele ocasião, ele acertou um chute improvável ao pegar a bola de primeira pelo alto, pelo lado direito da área, após receber um lançamento vindo da esquerda e surpreender o goleiro Rinat Dasayev, que acabou sendo encoberto no lance, uma verdadeira obra-prima no Olympiastadion.

Derrotadas nas semifinais, as seleções da Suíça e da Inglaterra se enfrentaram neste domingo, às 10 horas (de Brasília), no estádio Dom Afonso Henriques, em Guimarães (POR), na disputa do terceiro lugar da Liga das Nações. A partida foi decidida nos pênaltis, e o goleiro Pickford, do Everton, brilhou ao converter uma cobrança e defender outra, garantindo o bronze para seu país.

A seleção inglesa, no entanto, almejava encerrar nesta competição a sua longa fila de títulos, que dura desde quando o país conquistou a Copa do Mundo de 1966, em casa. Já a Suíça, que avançou às oitavas de final do Mundial de 2018, esperava manter o seu processo de evolução e alcançar um inédito troféu continental, mas ficou apenas com a quarta colocação.

Porém, as duas equipes tiveram de se conformar com a luta pelo terceiro posto do pódio desta recém-criada competição europeia, cuja divisão de elite encerra a sua primeira edição neste domingo. Na Copa da Rússia, ano passado, a equipe dirigida por Gareth Southgate foi superada por 2 a 0 pela Bélgica em seu último jogo, depois de ter sido batida pela Croácia nas semifinais.