Curto-circuito em ar condicionado causou incêndio no Museu Nacional

A investigação, até o momento, descarta que o incêndio tenha sido criminoso

Publicado em 24 de março de 2019 às 21:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Agência Brasil

A investigação da Polícia Federal aponta que um curto-circuito causado pelo superaquecimento em um aparelho de ar condicionado foi a causa do incêndio no Museu Nacional, no Rio, em setembro do ano passado.

Segundo o laudo pericial, o fogo destruiu a maior parte do acervo de 12 mil itens, danificando uma de suas principais peças, o crânio de Luzia. O fóssil, de 12 mil anos, é um dos mais antigos das Américas e mudou as teorias sobre o povoamento do continente. A investigação, até o momento, descarta que o incêndio tenha sido criminoso.

O jornal O Estado de São Paulo teve acesso a trechos do laudo que será um dos elementos que a PF vai levar em consideração para concluir o inquérito aberto sobre o caso. A expectativa é de que o relatório final seja entregue em até duas semanas. Além do laudo, o delegado responsável pela apuração levará em consideração outras provas colhidas, como depoimentos.

Para investigar os motivos do incêndio, a PF designou peritos de diferentes especialidades, entre eles um especialista em incêndios originários de instalações elétricas, três especialistas em incêndios de grandes proporções, dois peritos treinados para reconstituição em 3D e outros dois profissionais especializados em perícia em "local de crime".

Embora o incêndio não tenha resultado em mortes, os investigadores apuraram se o local tinha condições mínimas de segurança, como sinalização de rotas de fuga.