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Música já está disponível nas plataformas digitais
Publicado em 24 de janeiro de 2019 às 06:18
- Atualizado há 10 meses
Já está disponível para todos o novo single de Carnaval, lançado por Daniela Mercury e Caetano Veloso nesta sexta-feira (24), em plataformas digitais. Na letra da música "Proibido o Carnaval", Daniela faz críticas à censura.
"Abra a porta desse armário/ Que não tem censura pra me segurar/ Abra a porta desse armário/ Que alegria cura/ Venha me beijar", dizem os cantores em um dos trechos de Proibido o Carnaval. A música está disponível no Spotify, Deezer e no YouTube"As coisas estão acontecendo. É uma tentativa de proibir o que não pode ser proibido, o que a gente lutou tanto para libertar", disse Daniela em entrevista à Folha de S. Paulo. "Daniela é uma figura que foi sempre reinventora do fenômeno que é o Carnaval de rua da Bahia. Ela segue em frente, criando coisas. Eu gosto muito de 'Rainha Má', mas essa nova é uma canção que tem uma vitalidade propriamente carnavalesca. Ela tem a alma da marchinha de Carnaval, com o poder satírico, mas, ao mesmo tempo, livre da própria sátira que faz. É carnaval, mesmo", comentou Caetano em entrevista ao jornal. Ele ainda disse que a faixa é mesmo uma "reação, uma resposta à tendência censora dos poderes brasileiros hoje".
Roteirizado por Daniela, dirigido por Jana Leite e com fotografia de Rodrigo Maia, além de contribuição nos bastidores da empresária e jornalista Malu Verçosa, mulher de Daniela, o clipe de Proibido o Carnaval não tem data de lançamento. Essa não é a primeira vez que Daniela e Caetano gravam um clipe juntos. Em 1992, o clipe de Você não Entende Nada, composição do tropicalista, celebrou o primeiro encontro audiovisual da dupla.
Confira a letra completa
Proibido o Carnaval Tá proibido o carnaval Nesse país tropical Está proibido o carnaval Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca Tô no meio da rua sem roupa Tô no meio da rua com água na boca Vestido de rebeldia Provocando a fantasia
Tô no meio da rua, tô louca Tô no meio da rua sem roupa Tô no meio da rua com água na boca Vestido de fantasia Provocando a rebeldia Minha alma não tem tampinha Minha alma não tem roupinha Minha alma não tem caixinha Minha alma só tem asinha
Minha alma não tem tampinha Minha alma não tem roupinha Minha alma não tem caixinha Minha alma só tem asinha
A mulherada Comandando a batucada O trio elétrico cantava Libertando a multidão Frevo fervendo No Galo da Madrugada Pernambuco não parava De fazer revolução Filhos de Gandhy O afoxé na resistência O caboclo era soldado Do brasil na independência
No crocodilo Stonewall, estou aqui No carnaval beijando free Salvador é a nova Grécia
Quilombola, tupinambá O corpo é meu, ninguém toca Vatapá, caruru Iemanjá lá no sul Vai de rosa ou vai de azul? Abra a porta desse armário Que não tem censura pra me segurar Abra a porta desse armário Que alegria cura Venha me beijar Abra a porta desse armário Que não tem censura pra me segurar Abra a porta desse armário Que alegria cura Venha me beijar
Está proibido o carnaval Nesse país tropical Está proibido o carnaval Nesse país tropical
Tô no meio da rua, tô louca Tô no meio da rua sem roupa Tô no meio da rua com água na boca Vestido de rebeldia Provocando a fantasia
Minha alma não tem tampinha Minha alma não tem roupinha Minha alma não tem caixinha Minha alma só tem asinha Minha alma não tem tampinha Minha alma não tem roupinha Minha alma não tem caixinha Minha alma só tem asinha A liberdade, a Caetanave, a Tropicália O povo de Maracangalha Sai dançando o meu axé O samba ensina O samba vence a violência O samba é a escola de quem ama esse país como ele é Eu falei faraó e ninguém respondeu Quem come aqui sou eu, romeu Libera a libido Forró em caruaru, é? Vai de rosa ou vai de azul?
Abra a porta desse armário Que não tem censura pra me segurar Abra a porta desse armário Que alegria cura Venha me beijar
Abra a porta desse armário Que não tem censura pra me segurar Abra a porta desse armário Que alegria cura Venha me beijar
Está proibido o carnaval Nesse país tropical Está proibido o carnaval Nesse país tropical Axé, axé, axé, axé, axé, axé, axé, axé, axé
Ficou safada…