Debate discute importância das redes sociais na divulgação das obras literárias

As discussões contaram com as participações dos escritores Clarice Freire e Saulo Dourado, Renato Cordeiro e de estudantes  

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 17:08

- Atualizado há um ano

. Crédito: Marina Silva

Clarice Lispector; Carlos Drummond de Andrade; Pedro Antônio Anhorn, do Eu Me Chamo Antônio...Na verdade, desde o advento da internet e das redes sociais, muitos escritores tiveram suas obras popilarizadas, alcançando públicos diversos e não apenas os amantes de poesia ou prosa. Com essa fala, a escritora pernambucana Clarice Freire abriu sua participação na mesa de debate Com Quantos Likes se Faz uma Literatura, realizada no início da tarde desta quinta-feira (9), durante a realização da 2ª Festa Literária Internacional do Pelourinho, a Flipelô. 

Acompanhe tudo o que está acontecendo na Flipelô 2018​​​​​​​ A iniciativa contou com as participações do escritor baiano Saulo Dourado e teve como mediador Renato Cordeiro. Durante todo o debate, jovens estudantes de diversas unidades de ensino da capital e da região metropolitana fizeram questão de tirar suas dúvidas sobre como publicar e publicizar seus escritos sem se transformar num caçador de curtidas. Com muito humor, Saulo fez questão de ressaltar que não existe literaturas com fórmulas, mas que cada um precisa descobrir sua originalidade, se transformado naquilo que o filósofo Píndaro orientava: “Torna-te aquilo que és”. “Cada um de nós somos um cruzamento irrepetível de nós mesmos”, disse o escritor, fazendo questão de pontuar que a Internet possibilitou que os tímidos e os escritores iniciantes, finalmente, vencessem.  Em meio às histórias cômicas e pitorescas de suas experiências na adolescência, os escritores fizeram questão de mostrar a moçada presente que o autor é uma pessoa como qualquer outra, que precisa perseguir a melhoria de sua obra constantemente.  Vale salientar que dentro dessa proposta de incentivar uma nova geração de escritores, na sexta(10), a Biblioteca Anísio Teixeira (BAT) realizará a oficina de Escrita Criativa, ministrada pelo escritor e professor Anderson Shon, das 8h às12h e das 14h às 18h, no Museu Eugênio Teixeira Leal. A oficina é voltada para grupos de jovens estudantes com objetivo de estimulá-los por meio de práticas que lhes possam proporcionar uma aproximação com diversos gêneros literários, personagens e autores.  No mesmo local, será realizado o  Literatura como Ato de Liberdade, com os palestrantes Evanilson Alves, Emanuela de Carvalho e Claudia Trindade que abordarão os resultados dos trabalhos realizados em espaços de privação de liberdade. Para encerrar as atividades do dia, às 20h, a Flipelô recebe o escritor angolano Gociante Patissa e Sérgio Tulio Caldas para participarem da Mesa Com os Pés na África, no Teatro do SESC. O evento terá como mediador, o diretor geral da FPC, Zulu Araújo.