Decisão que autoriza volta de Aécio ao Senado é correta, avalia Gleisi Hoffmann

Senadora petista participou do desfile do 2 de Julho neste domingo (2)

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  • Luan Santos

Publicado em 2 de julho de 2017 às 15:28

- Atualizado há um ano

A senadora Gleisi Hoffmann (PT) classificou, ao participar do desfile do 2 de Julho neste domingo (2), como "absolutamente correta do ponto de vista jurídico" a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de derrubar o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) das funções parlamentares. Gleisi Hoffman participou do desfile com o governador Rui Costa e com a senadora Lídice da Mata(Foto: Divulgação)

Ela, no entanto, disse que esse deveria ter sido o posicionamento adotado pela Suprema Corte em outros momentos, como no caso do senador Delcídio do Amaral, afastado em 2015 após denúncias no âmbito da operação Lava Jato. "Era essa visão que tinha que ter sido dada a todos os outros julgados pelo Supremo e pela Lava Jato. Infelizmente, não foi o que aconteceu. Tivemos precedentes com o próprio senador Delcídio, com outros atores que não tiveram o julgamento dentro do devido processo legal", disse ela.

Segundo a senadora, casos como esses fazem que se perca a referência de Justiça. "Espero que o pode judiciário, retome o eixo da  constitucionalidade, do devido processo legal. Isso é fundamental, para a democracia. Mas que  soou muito ruim do ponto de vista geral da sociedade essa reintegração do senador Aécio, pelo  passado que foram as decisões do Supremo, isso soou", afirmou.

Ao comentar sobre os festejos do 2 de Julho, ela considerou positiva a politização da celebração. "A Bahia é muito  politizada, e estados politizados fazem história, diferente de outros. A política é um  instrumento de luta do povo brasileiro, não pode ser criminalizada. Nós estamos num  momento difícil, duro da política, mas sem política não tem democracia, reivindicação popular", frisou.

Para ela, as eleições diretas são o único caminho para que o Brasil saia da crise política e econômica. "É preciso devolver ao povo a  capacidade de dar direção aos rumos do país", afirmou, comentando ainda sobre os "novos" posicionamentos do PT no Brasil. "O partido já está se posicionando, na oposição, mais à esquerda, junto com os movimentos sociais na luta e na resistência com o povo  brasileiro para não perdermos os direitos".