Defesa pede transferência de acusado de matar a mulher

Eles afirmam que Manvailer tentou se matar e precisa de atendimento psiquiátrico

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 14:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução/Instagram

A defesa do professor Luís Felipe Manvailer, 32 anos, acusado de matar a mulher, entrou com pedido para que ele seja transferido de onde está preso, na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) , no Paraná, depois de, segundo eles, tentar tirar a própria vida. A advogada Tatiane Spitzner, 29 anos, foi achada morta depois de cair do 4º andar do prédio em que morava com o marido, no centro de Guarapuava. Imagens de câmeras de segurança mostram que ela foi agredida por 20 minutos pelo marido antes da queda. 

Luís Felipe foi preso como suspeito no mesmo dia. Depois da queda, ele ainda recolheu o corpo de Tatiane, levou novamente para o apartamento do casal, no quarto andar, limpou o hall e o elevador e saiu do local de carro. Ele foi detido após bater o carro em uma estrada a cerca de 300 km da cidade. Ele nega ter matado Tatiane, e afirma que ela se jogou da sacada. O professor já foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio, fraude processual por alterar a cena do crime e cárcere privado.

A defesa pede que o professor seja transferido para o Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, na região de Curitiba, onde poderá ter "atendimento psiquiátrico e psicológico urgente". O CMP é um estabelecimento penal para regime fechado de presos que precisam de tratamento psiquiátrico. 

No pedido, os advogados falam de um "turbilhão emocional" vivido pelo suspeito. "Defesa teve conhecimento de que Luís Felipe, profundamente abalado pelo turbilhão emocional sofrido nos últimos dias, vinha apresentando quadro de depressão profunda", afirma o texto. 

O MP-PR pediu uma avaliação psiquiátria e psicológica dele com urgência antes da análise do pedido de transferência.

Tentativa de suicídio A PIG informou em nota na segunda que Luís Felipe tinha hematomas no pescoço e que "aparentemente" se cortou. O preso recebeu atendimento médico e está fisicamente bem, ainda que emocionalmente abalado, segundo a penitenciária. Ele afirmou que se cortou para "acabar com o sofrimento". 

Ainda no comunicado, a PIG diz que o suspeito afirma que desistiu de se matar depois de se lembrar da mãe. Ele está preso em uma cela especial por ser provisório e ter ensino superior completo.

A família da vítima já se manifestou contra a transferência. Os advogados afirmam que parece “pouco crível a alegação” para a transferência e dizem que a atitude do suspeito produziu apenas uma "pequena lesão superficional".