Delegado da PF, chefe da SSP está há dois meses no cargo sem autorização exigida por lei

Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

Publicado em 1 de março de 2018 às 14:20

- Atualizado há um ano

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O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, está há dois meses no cargo sem autorização do governo federal. Delegado da PF, Barbosa está cedido para a SSP desde 2011, por meio de portarias renovadas anualmente pelo Ministério da Justiça. No entanto, a última foi assinada em 23 de janeiro de 2016, quando o órgão ainda estava sob a chefia do hoje ministro do Supremo Alexandre de Moraes, mas perdeu validade no fim do ano passado. De lá para cá, o sucessor de Moraes, Torquato Jardim, não prorrogou a cessão de Barbosa. Como a Polícia Federal integra agora a estrutura do Ministério da Segurança Pública, o assunto está nas mãos de Raul Jungmann, nomeado para o nova pasta na segunda-feira passada.

Xis da questão Na cúpula da PF, a resistência de Torquato Jardim em renovar a portaria foi atribuída a impasses sobre a remuneração de Maurício Barbosa desde que ele assumiu a SSP. Em tese, a permanência do secretário no cargo ficou irregular a partir de 24 de dezembro de 2017.

Novela repetida Único dos 21  deputados estaduais da oposição que não assinou o pedido para criar a CPI da Fonte Nova na Assembleia,  Samuel Júnior (PSC) ainda não decidiu se adere à proposta.  “Da minha parte, era prudente aguardarmos a própria Polícia Federal encerrar o  inquérito. Acho que podemos contribuir em outro momento, aguardando a conclusão da investigação”, argumentou o parlamentar. Samuel Júnior também não apoiou a CPI da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb). Como são necessárias 21 assinaturas, a bancada oposicionista depende de pelo menos um governista para levar a ofensiva adiante.

Fala que eu te escuto

Para tomar a decisão, o deputado do PSC disse que recorreu ao seu guru religioso, Valdomiro Pereira, presidente da Convenção das Assembleias de Deus no estado. “Tenho respeito pelo prefeito ACM Neto, pelo governador Rui Costa, mas meu líder é o pastor Valdomiro. Não tenho medo de retaliação nem de um lado nem de outro”, garantiu, em referência ao frenesi provocado entre os parlamentares pela Operação Cartão Vermelho e o indiciamento do ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner (PT).

Cor em falta

Apesar da visibilidade e conquistas obtidas, a comunidade LGBT na Bahia ainda derrapa para ocupar espaços na política. Até o momento, só um nome ligado à causa ensaia candidatura este ano: Larissa Moraes, que lidera a ala LGBT do PMDB baiano e deve disputar vaga de deputada estadual. Ativistas históricos, como Marcelo Cerqueira  (PSB), presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), e Dion Santiago, ícone da cena transformista em Salvador, se mantêm distantes.

Rosa-choque

Aposta do PR feminino na corrida da Assembleia, a empresária Kátia Bacelar diz não ligar para o congestionamento do partido após a eventual chegada da tropa do deputado federal Ronaldo Carletto (PP). Afirma trabalhar sem trégua para multiplicar votos. 

Pílula

Fora de hora - A apreensão de 15 relógios no apartamento do ex-ministro Jaques Wagner  ainda rende embaraços ao petista. Ao negar que as peças eram de luxo, Wagner disse se tratar de réplicas de marcas caras compradas por ele na China. Esqueceu que pode ser enquadrado penalmente por crime de descaminho."Não podemos  mais nos calar. Racismo agride e deprime. E mata!", Marta Rodrigues, vereadora do PT de Salvador, sobre os ataques sofridos nas redes sociais pela jornalista baiana Maíra Azevedo, a Tia Má