Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Sindicato denunciou situação e paralisou atividades nesta quinta
Nilson Marinho
Publicado em 7 de junho de 2018 às 13:03
- Atualizado há um ano
As atividades no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), localizado no bairro da Pituba, foram suspensas na manhã desta quinta-feira (7). Os policiais que trabalham no prédio - onde se concentram as investigações de homicídios de Salvador e Região Metropolitana - participaram de um ato que denunciou as más condições do espaço.
De acordo com Bernadino Gayoso, secretário geral do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindpoc), o prédio apresenta rachaduras e sofre por falta de manutenção.
Dois elevadores, ainda de acordo com o secretário geral, estão quebrados há pelo menos dois anos. Os funcionários e parentes de vítimas quando precisam prestar depoimento no sexto andar, por exemplo, são obrigados a enfrentar 119 degraus.
"Além disso, falta material de limpeza, papel e há cadeiras quebradas. Nós estamos cobrando as condições mínimas de trabalho. A população que vem prestar dar queixa não tem condição nenhuma de acessibilidade", denuncia Gayoso.
Por conta da paralisação, que começou às 8h e foi até 12h, nenhum caso de homicídio registrado após à 0h desta quinta teve encaminhamento no DHPP. Policiais protestaram durante 4h; objetivo inicial era paralisar as atividades por durante um dia (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO) O presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, afirmou que o estado paga R$ 90 mil de aluguel do prédio e alega não ter dinheiro para fazer a manutenção dos elevadores. "Temos policiais com problemas de diabetes, pressão, locomoção e os próprios cidadãos que procuram o DHPP e tem que subir seis andares de escada. A Lei de Acessibilidade obriga que os prédios públicos garantam o acesso das pessoas com deficiência física. Os servidores precisam atender os baianos com dignidade", criticou a liderança sindical.
Em nota, a Polícia Civil informou que os "serviços seguem sendo prestados normalmente no prédio que abriga o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba".
O órgão destacou que, sobre os elevadores, o Departamento de Planejamento, Administração e Finanças (DPAF) da Polícia Civil está em contato com a empresa responsável pela manutenção dos elevadores.
Ainda de acordo com o DPAF, em fevereiro deste ano foram instalados 12 novos condicionadores de ar e uma licitação está em andamento para a instalação de outros equipamentos. "Garrafões de água mineral são distribuídos diariamente para todas as unidades da Polícia Civil, inclusive no prédio do DHPP, enquanto a manutenção preventiva e corretiva, tanto hidráulica quanto elétrica, é realizada periodicamente. A limpeza segue sendo realizada normalmente e a manutenção das viaturas é feita periodicamente", destacou a polícia, em nota.
*Com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier