Deputada Flordelis é uma das investigadas pela morte do marido, diz polícia

Para delegada, crime pode ter mais de uma motivação

A deputada federal Flordelis é uma das investigadas na morte do pastor Anderson Carmo, marido dela, segundo a Polícia Civil - todas as pessoas que estavam na casa do dia do crime estão sob investigação. A informação é do G1. A delegada Barbara Lomba, que está à frente do caso, afirmou ainda que a polícia apura se mais de uma motivação está por trás da morte do pastor.

"Não podemos descartar ninguém que estava próximo da cena do crime. Provavelmente, a motivação do crime é relacionada a uma questão que envolve a família, mas não se sabe de que natureza. Tudo indica que tem relação com as relações familiares, quem convivia com a vítima", afirma a delegada.

A Justiça aceitou na quinta-feira (20) o pedido de prisão temporária dos filhos do casal Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas dos Santos pela morte de Anderson. Eles estão presos desde o início da semana por conta de mandados de prisão por outros crimes. Os dois já confessaram participação no crime. Flávio, que é filho biológico de Flordelis, disse que deu seis tiros no pastor. Ele contou ainda que o irmão Lucas, que é adotado, ajudou a comprar a arma usada no crime.

Filho acredita em envolvimento Um dos filhos da deputada Flordelis afirmou à polícia em depoimento nesta quinta-feira (20) que suspeita que a mãe e três irmãs estejam envolvidas na morte do pai, o pastor Anderson Carmo. Ele foi executado a tiros no domingo, na casa da família, no Rio de Janeiro. O jovem, que não teve nome divulgado, afirmou à polícia que uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil ao irmão Lucas dos Santos para que ele cometesse o crime. A informação é da TV Globo.

Segundo o depoimento do rapaz, a mãe e as irmãs costumavam colocar remédios na comida do pastor e isso causava problemas de saúde nele. Em fevereiro, Anderson chegou a receber uma ameaça de morte e mostrou ao filho.

O filho não identificado contou ainda que durante o crime não houve barulho nem confusão. Ele diz que viu o irmão Flávio, que confessou ter atirado seis vezes no pai, já ao lado do corpo do pai, ensanguentado. Ele recolheu uma mochila e o celular do pastor, que entregou para a mãe Flordelis. A polícia não encontrou os celulares do pastor, de Flordelis nem de Flávio, assim como a mochila citada.

Para o filho, o desespero dos parentes no velório do pastor não passou de teatro. A Justiça do Rio determinou a prisão temporária de Lucas e Flávio, que estão detidos desde o dia 17. 

Flordelis não comentou o depoimento do filho. Essa semana ela havia afirmado que espera que a justiça seja feita, independente de quem foi o assassino.  

Flordelis também disse que não acredita que algum de seus filhos tenha sido responsável pela morte de Anderson. “Isso é ridículo, acusar alguém sem provas”. Ela acredita que o crime foi uma tentativa de assalto. "É nisso que eu acredito, que foi um assalto, e que ele morreu defendendo a família", disse Flordelis durante o enterro.

Perguntada sobre a arma encontrada em sua casa, no bairro de Pendotiba, em Niterói, durante buscas feitas pela Polícia Civil e o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), Flordelis declarou não ter conhecimento da pistola. A parlamentar também afirmou aos repórteres que não sabe onde está o celular de Anderson.