Desempenho agrícola colabora para resultado positivo do PIB da Bahia

Setor industrial continua refletindo os efeitos negativos da economia brasileira

Publicado em 4 de setembro de 2017 às 12:46

- Atualizado há um ano

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O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia cresceu 1,9% no segundo trimestre de 2017  na comparação com o primeiro trimestre de 2017. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (04) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O percentual positivo tem forte influência do bom desempenho do setor agropecuário. 

De acordo com os cálculos realizados pela SEI, a agropecuária baiana registrou expansão de 33% no valor adicionado no segundo trimestre de 2017. Essa expansão é resultado do bom desempenho em culturas tradicionais e que tem grande peso na atividade econômica baiana no período, a exemplo do café, a qual aponta expansão de 50% na produção, assim como nas culturas de soja (60%), feijão (66%) e algodão (2%). Por outro lado, a cultura de cacau aponta para retração de 10% no segundo trimestre de 2017.

Ao contrário do setor agropecuário, o industrial continua refletindo os efeitos negativos da economia brasileira, com retração em todas as atividades. No segundo trimestre, este setor apontou retração de -6,7%, com destaque para o recuo de -12,8% no setor de extração mineral, particularmente pela redução da produção – por parte da Petrobras – de petróleo e gás; a produção de energia elétrica também tem impactado negativamente sobre o setor, onde se verificou retração de -6,3%.

Nesse segmento, neste caso, em decorrência dos problemas decorrentes do baixo nível do reservatório de Sobradinho e, particularmente, pela queda no consumo de energia elétrica e gás natural; a construção civil também registrou taxa negativa (-6,3%), sendo afetada, sobretudo, pelo baixo nível na oferta de novos empreendimentos imobiliários – há de se destacar que os investimentos públicos tem garantido que o desempenho desse setor não seja ainda mais negativo; finalmente, o segmento de transformação, o de maior peso dentro do setor, o qual também apontou retração no segundo trimestre (-6,0%), sendo influenciado pela queda na produção de importantes subsegmentos (bebidas, refino de petróleo, produtos químicos, metalurgia e equipamentos de informática).

O setor de serviços, principal da economia baiana, registrou expansão de 0,5% no segundo trimestre. Comércio (1,2%), atividades imobiliárias (1,3%) e transportes (1,0%) foram os segmentos que mais impulsionaram positivamente o setor. Já a administração pública (-0,2%) contribuiu de forma negativa para o valor adicionado do setor.

Na comparação com o segundo trimestre de 2016, o PIB baiano apontou crescimento de 2,4%. No que se refere ao Brasil, os dados indicaram que houve expansão de 0,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2017 e de 0,3% na comparação com o segundo trimestre de 2016.