Destaque da fruticultura irrigada, Fenagri é lançada em Salvador

O evento, que acontece de 11 a 14 de julho, deve gerar cerca de R$ 5 milhões em negócios

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  • Mario Bitencourt

Publicado em 21 de junho de 2018 às 17:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/Fenagri

Maior evento da fruticultura irrigada da América Latina, a Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri), que promove o setor agrícola do Vale do São Francisco no norte da Bahia, foi lançada nesta quarta-feira (20) em Salvador.

O evento, que será realizado em Juazeiro entre os dias 11 e 14 de julho, deve gerar cerca de R$ 5 milhões em negócios, atraindo público de 40 mil pessoas durante os quatro dias. Este ano, em sua 27ª edição, a Fenagri ocorrerá no espaço de eventos do Juá Garden Shopping e no Centro de Excelência em Fruticultura do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), no Distrito Industrial.

Em Salvador, o lançamento da Fenagri ocorreu durante uma audiência pública na Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembleia Legislativa da Bahia, que anunciou que durante o evento em Juazeiro fará uma sessão itinerante no dia 12 de julho.

O coordenador da feira Tiano Félix se mostrou entusiasmado com o apoio recebido durante o lançamento em Salvador e destacou a contribuição que os parceiros têm dado para o sucesso do evento.

“Temos uma terra rica, plural, que acolhe muito bem as pessoas. Nosso povo é caloroso. Portanto, é em nome dessa gente que convidamos vocês todos a visitar a Fenagri e conhecer Juazeiro de perto”, disse.

A feira terá uma programação formada por seminários, minicursos, visitas técnicas, feira da agricultura familiar e exposições de produtos, e reunirá produtores rurais, empresários, pesquisadores e estudantes do Brasil e outros países convidados.

Neste ano, um dos destaques é a transferência de tecnologias. A viabilidade do uso de coagulante à base de polímero natural, a análise de resíduos das frutas, implementação do conhecimento da evapotranspiração para o manejo da irrigação e a energia solar são alguns dos temas que serão pautados na programação técnico-científica.

A coordenação também está reservando espaço para maior aprofundamento em assuntos, a exemplo da produção orgânica de cebola, atualização tecnológica nutritiva da mangueira e discussões sobre ampliação de mercados nacionais e estrangeiros. Félix explica que nos últimos dias tem promovido várias reuniões afim de distribuir e harmonizar as temáticas entre os apoiadores da feira. “Nomes de importância e referência como a Embrapa, Irpaa, Codevasf, Sebrae, Uneb, Univasf, IF-Sertão, Moscamed e o Senar estarão ministrando seminários, palestras e minicursos”, observou.

O prefeito de Juazeiro Paulo Bomfim (PCdoB) declarou que a feira é uma oportunidade para “fomentar mais oportunidades aos nossos agricultores, produtores e criadores, propiciando intercâmbio de tecnologias e troca de conhecimentos”.

Apesar de durante a greve dos caminhoneiros os produtores do Vale do São Francisco terem prejuízos de mais de R$ 570 milhões, o problema não interferiu na realização do evento e nem na manutenção de empregos locais – cerca de 35 mil.

No Vale do São Francisco, que abrange áreas do perímetro irrigado do norte da Bahia e de Pernambuco, sobretudo em Petrolina, o destaque da produção é de uvas de mesa e mangas.

Em 2018, segundo dados do Ministério da Agricultura, foram exportados 19,2 mil toneladas de mangas e 911,5 toneladas de uvas.