Destaque do Atlético, Ronan mira título baiano: 'Quero entrar para a história'

Atacante, que teve experiência na Europa, marcou dois gols no primeiro jogo da final contra o Bahia de Feira

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  • Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2021 às 15:54

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução/Instagram/MR Fotografia

Ele é um dos artilheiros do Campeonato Baiano e foi o responsável direto por impedir que o Bahia de Feira chegasse em vantagem para o segundo jogo da final do estadual. Autor dos dois gols do Atlético no empate por 2x2 no domingo passado, em Alagoinhas, o atacante é uma das principais esperanças de virar herói do Carcará na partida decisiva, às 16h desse domingo (23), na Arena Cajueiro, em Feira de Santana.

Com os dois gols marcados no primeiro jogo da final, Ronan chegou a quatro no Baianão. Está empatado na artilharia geral com Diones e Deon, do Bahia de Feira, Kesley, da Juazeirense, e Léo, do Vitória da Conquista. O placar de Alagoinhas permite que uma vitória mínima dê o título ao vencedor da partida. Novo empate por qualquer placar leva a decisão para os pênaltis.

Ronan já teve o gostinho de levantar um troféu estadual há cinco anos, quando defendia as cores do Fast Clube. A equipe venceu o Campeonato Amazonense de 2016 ao superar o Princesa do Solimões na final. O atacante, no entanto, acredita que conquistar o Baianão com o Atlético será a maior conquista da sua carreira. “Espero conseguir isso, porque são 51 anos de clube e uma grande oportunidade agora. Espero que a gente vença porque quero entrar na história do clube para sempre”, disse Ronan em entrevista ao CORREIO.

Atualmente com 26 anos, o jogador chegou ao Atlético de Alagoinhas neste ano, após participar da campanha do Fast na Série D 2020, onde chegou bem perto de conseguir o acesso para a terceira divisão. O clube amazonense perdeu para o Novorizontino nas quartas de final e acabou eliminado do torneio. E foi lá pelas terras do Norte do país que Ronan construiu a maior parte da carreira.

Ainda jovem, ele começou a trajetória no projeto da cidade de Presidente Figueiredo, na região metropolitana de Manaus, onde morava, e começou a rodar por diversos clubes do estado até chegar no Fast em 2016. Foi o primeiro momento de destaque do jogador, que ajudou a tirar a equipe de uma fila de 45 anos sem um troféu do estadual. 

Na ocasião, Ronan terminou a competição com quatro gols marcados, justamente a quantidade que tem na atual edição do Campeonato Baiano.

Com o destaque do título, o jogador foi contratado pelo Campinense, mas rompeu o ligamento e quase não recebeu oportunidades no clube paraibano. Após se recuperar, decidiu retornar ao Amazonas e, pouco tempo depois, foi jogar no Renens, um time pequeno da Suíça. “Foram só três meses lá. Senti bastante dificuldade em adaptação, por ser minha primeira passagem na Europa”, conta.

O pouco tempo do outro lado do oceano fez o atacante voltar para o Brasil. Em 2019, foi contratado pelo Brusque, e também não teve muitas oportunidades na equipe catarinense, que conquistaria a Série D daquele ano. A solução foi um novo retorno ao Fast, que durou até a chegada ao futebol baiano.

Apesar da frustração com a experiência internacional e em alguns outros clubes, Ronan plantou sementes que dão resultado no Atlético, onde ele acredita ter a sua melhor versão como jogador. “Gosto justamente da forma que jogo aqui, pelas pontas, que posso ir no ‘um contra um’ com um zagueiro ou lateral. Para falar a verdade, fui aprendendo nos clubes, como Campinense ou na Suíça, que eu era mais cobrado que fizesse gols, e hoje consigo colher os frutos”, celebra o ponta direita.

*Sob orientação do editor Herbem Gramacho