Diego Cerri recusa convite do Palmeiras e segue no Bahia

Diretor negociava para assumir o comando do futebol do time paulista

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 10 de dezembro de 2019 às 19:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Felipe Oliveira/EC Bahia

A novela envolvendo Diego Cerri, diretor de futebol do Bahia, e o Palmeiras chegou ao fim nesta terça-feira (10). Cotado para assumir o departamento de futebol do clube paulista, após a saída de Alexandre Mattos, o gestor tricolor declinou do convite e vai permanecer no Esquadrão.

As negociações entre Cerri e o Palmeiras estavam acontecendo desde a semana passada. Depois uma avaliação de mercado, o alviverde definiu o diretor tricolor e Rodrigo Caetano, do Internacional, como os nomes preferidos para tocar o futebol do clube.

A primeira opção do Palmeiras era Rodrigo Caetano, que preferiu continuar no colorado. Foi então que o alviverde iniciou conversas com Diego Cerri. O diretor do Bahia chegou a ter uma reunião em São Paulo com dirigentes paulistas e existia a expectativa de que ele fosse anunciado como novo homem forte do futebol nos próximos dias.

O Palmeiras passa por uma reformulação após não conseguir conquistar o título do Campeonato Brasileiro e demitiu o então diretor de futebol, Alexandre Mattos, depois da derrota para o Flamengo, por 3x1, no início do mês de dezembro.

"Quando o presidente Guilherme Bellintani assumiu, firmamos um compromisso de tocar um projeto muito grande de cada vez mais profissionalizar o Bahia. Senti que precisava honrar este compromisso até o fim. Em 2020, traçamos como meta galgar voos ainda maiores", explicou Cerri. 

O diretor explicou ainda que, em momento algum, a parte financeira pesou para a escolha e que ele segue no Bahia sem nenhum tipo de mudança na sua remuneração ou premiação. "Ouvi, sim, o projeto do Palmeiras, pois sou profissional e respeito muito a instituição. No entanto, este não era o momento de romper o trabalho sério e profundo que temos feito com o Esporte Clube", continuou o gestor.  

Diego Cerri está no Bahia desde 2016, quando foi contratado para ser gerente de futebol, ainda na gestão de Marcelo Sant'Ana. Em 2017 ele assumiu como diretor de futebol devido à demissão de Nei Pandolfo.

Durante os três anos em que está à frente do departamento de futebol do Bahia, Cerri foi responsável pela contratação de 59 jogadores para o time principal. Entre as contratações, alguns nomes se destacaram, como o meia Zé Rafael, o volante Gregore e o atacante Gilberto.

Em 2019, os pontos baixos foram a contratação de jogadores rodados no futebol brasileiro que não deram certo com a camisa tricolor, como os meias Guerra e Guilherme e os atacantes Rogério e Fernandão, e as campanhas ruins na Copa do Nordeste e na Sul-Americana, em que o Bahia foi eliminado na primeira fase das duas competições. No Brasileirão, o time brigou por uma vaga na Copa Libertadores, mas caiu de produção no segundo turno, quando ficou nove jogos sem vencer, e terminou o torneio na 11ª colocação - garantiu um lugar na Sul-Americana.

Além disso, outra característica do trabalho neste ano foi o pouco aproveitamento das divisões de base: o Bahia não lançou nenhum jogador formado no clube no time profissional. O elenco de aspirantes, montado em 2018, também não forneceu atletas para a equipe principal.

Em nível nacional, com ele na diretoria de futebol o Bahia se consolidou na Série A do Campeonato Brasileiro e chegou às quartas de final da Copa do Brasil em 2018 e 2019. Já na Sul-Americana, o time conquistou a sua melhor campanha no torneio ao alcançar a fase de quartas de final no ano passado. Na ocasião, foi eliminado pelo Athletico-PR, em duelo com polêmica de arbitragem.