Discussões entre apoiadores marcam manifestações pró-Moro e Bolsonaro

Em Fortaleza, um grupo que pedia intervenção militar foi agredido; veja vídeo

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  • Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2019 às 15:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Deiza Garcêz/O Povo Online

Milhares de pessoas foram às ruas neste domingo (30) para demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça Sérgio Moro diante dos vazamentos das conversas que mostram os bastidores da Lava Jato. Entretanto, dois momentos de tensão marcaram as manifestações em duas cidades.

A primeira foi em Fortaleza, quando um grupo tentou abrir uma faixa que pedia por intervenção militar e foi impedido por outros manifestantes pró-Bolsonaro. Durante o confronto, um homem era empurrado enquanto insistia para empunhar o cartaz (ver vídeo abaixo). As pessoas no entorno riam e registravam a discussão nos celulares.

Amanda Martins, líder do Movimento Consciência Patriótica, justifica que o motivo da confusão foi a divergência de pautas. “Não defendemos intervenção. Até porque sabemos que isso tiraria do poder o nosso presidente, que nós elegemos democraticamente”, explicou.

Tumulto com o MBL Integrantes do MBL - grupo que apoiou a eleição de Bolsonaro, mas depois fez críticas ao governo - chegaram a ser hostilizados por outros ativistas, após seremchamados de "traidores". Em São Paulo, cerca de 20 pessoas ligadas ao DireitaSP foram até o caminhão do MBL estacionado em frente ao Masp para gritar contra o grupo. 

Houve um princípio de tumulto e a PM teve de agir para evitar uma briga generalizada. No Rio, também houve ataques entre integrantes de grupos diferentes. "A gente não puxa o saco do Bolsonaro e somos críticos ao governo", disse Renato Battista, coordenador nacional do MBL. 

'Eu vejo' Após a publicação das supostas mensagens pelo The Intercept Brasil, Moro se apresentou em audiência no Senado. Com isso, ele buscou esvaziar articulação de partidos de esquerda que falavam em criar uma CPI. O ministro nega qualquer interferência nas investigações quando era juiz e coloca em dúvida o teor das mensagens.

Ontem, ele usou o Twitter para se referir às manifestações. "Eu vejo, eu ouço, eu agradeço. Sempre agi com correção como juiz e agora como ministro", escreveu ele, em uma das mensagens. Em outra, agradeceu o apoio de Bolsonaro. "Sou grato ao PR (presidente da República) e a todos que apoiam e confiam em nosso trabalho. Hackers, criminosos ou editores maliciosos não alterarão essas verdades fundamentais. Avançaremos com o Congresso, com as instituições e com o seu apoio."