Djokovic será investigado por violar isolamento na Sérvia: 'Lei é para todos'

Anúncio foi feito pela primeira-ministra do país; tenista participou de evento um dia após testar positivo para covid-19

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  • Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2022 às 14:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Ben Stansall/AFP

A primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabic, afirmou nesta quarta-feira (12) que Novak Djokovic, atual número 1 do mundo, será investigado pelo governo sérvio por violar as regras de isolamento após testar positivo para a covid-19 em dezembro do ano passado. O tenista testou positivo em 16 de dezembro e no dia seguinte apareceu sem máscara no lançamento de um selo com sua imagem em um evento em Belgrado.

"Ninguém pode violar as regras de isolamento, pois coloca em risco a saúde de outras pessoas. Isso constitui uma 'violação grave'", disse Brnabic, em uma entrevista ao canal de TV britânico BBC. "As leis se aplicam igualmente a todos", completou a política.

Djokovic, envolvido em uma polêmica por assumir posições antivacinação contra a covid-19 e à espera de uma autorização definitiva para participar do Aberto da Austrália, em Melbourne, a partir da próxima segunda-feira, já admitiu ter dado uma entrevista presencial, ignorando o período obrigatório de 14 dias de quarentena, em dezembro, em Belgrado, por se tratar de um compromisso assumido há muito tempo.

"Se uma pessoa está positiva, tem de se isolar. Não sei quando (Djokovic) recebeu os resultados (do teste PCR) e quando os viu. Trata-se de uma questão a qual só Novak pode responder", disse Brnabic, frisando estar contra a decisão do tenista de não se vacinar.

"Existem alguns padrões que precisam ser cumpridos. Neste caso, me parece que, se ele estava ciente disso, é uma clara violação das regras. E quais são as sanções, é isso que as instituições relevantes terão que investigar", completou a primeira-ministra sérvia.

Djokovic, após uma primeira decisão judicial favorável para sua liberação do centro de confinamento em Melbourne, já está treinando, mas pode enfrentar nova decisão de cancelamento do visto e eventual deportação por parte de Alex Hawke, ministro australiano para a Imigração, Cidadania, Serviços de Fronteiras e Assuntos Multiculturais.