Dois prédios são demolidos após desabamento em Narandiba

Estruturas estavam condenadas e foram evacuadas

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  • Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 19:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação/ Codesal

Dois prédios que ficavam ao lado da estrutura que desabou no bairro de Narandiba, na manhã desta quinta-feira (23), foram condenados pela Defesa Civil (Codesal) e já começaram a ser demolidos. Ambos têm o mesmo tamanho do que caiu - quatro pavimentos - e, segundo os vizinhos, os moradores deixaram o local na semana passada depois de serem informados por engenheiros da prefeitura de que havia risco de desabamento.

A demolição é realizada por servidores da Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) e a previsão é que se estenda por toda madrugada e seja finalizada nesta sexta-feira (24).

Em nota, a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre) informou que, até o final da tarde, apenas um casal de idosos, de 68 e 69 anos, precisou de abrigo municipal. Os dois têm dificuldade de locomoção e moravam na área interditada pela Codesal. O órgão informou que ambos receberão assistência da equipe multidisciplinar formada por educador social, psicólogo e assistentes e que serão encaminhados para cadastro em programas sociais.

A Sempre afirmou também que os demais moradores da região, até o início da noite desta quinta, não solicitaram acolhimento temporário. “A equipe da Sempre continua nos locais atingidos prestando total assistência às famílias. Em relação ao pagamento de benefício, a Sempre aguarda o encaminhamento da solicitação feita pela Codesal, após vistoria realizada na área atingida”, diz a nota. Prédio que desabou já estava condenado (Foto: Reprodução) Desabamento Moradores da Travessa Isabel Souto, em Narandiba, levaram um susto no final da manhã desta quinta-feira (23), quando um prédio que ficava na rua desabou. A estrutura tinha quatro pavimentos e oito apartamentos, mas estava vazio porque os moradores foram notificados pela Defesa Civil na semana passada e deixaram o local.

Vizinhos contaram que o prédio apresentava rachaduras do lado de dentro e na fachada, e que os moradores estavam com medo. Eles acionaram a Codesal e os engenheiros foram vistoriar o local nos dias 15 e 17 deste mês.

Os especialistas condenaram toda a estrutura por apresentar patologias, como fissuras e oxidação de armaduras, com risco alto de desabamento. Dois edifícios que ficavam ao lado também foram condenados, e precisaram ser evacuados.

Os moradores seguiram a orientação e deixaram o local. Nesta quinta-feira, eles contaram que os prédios da região foram construídos por um homem identificado apenas como Aristides. Ele teria invadido o terreno e levantado as estruturas, e cobrava os alugueis pelas moradias. Moradores deixaram os prédios na semana passada (Foto: Arisson Marinho/ CORREIO) Previsão Até o início da noite desta quinta-feira (23), a Codesal contabilizou 245 ocorrências relacionadas a chuva. A previsão para essa sexta-feira (24) é de chuvas fracas a moderadas, resultantes de um sistema de baixa pressão que se encontra sobre Salvador, e deve permanecer até sábado (25). A Defesa Civil orienta atenção aos alertas emitidos pelo órgão, seguindo suas orientações. Em caso de emergência o cidadão pode ligar para o telefone 156.

Os bairros do Caminho das Árvores, Plataforma, Praia Grande, Itapuã, Mussurunga e Pituaçu foram os que apresentaram maior volume de chuva nas últimas horas em Salvador. Em Itapuã, um mutirão foi realizado por órgãos da Prefeitura para atender as demandas ocasionadas pelas fortes chuvas, na quarta-feira (22), nas comunidades da Baixa da Soronha e Avenida Sampaio.

A Sempre já realizou 304 cadastros para recebimento de auxílio emergência das famílias afetadas pelas chuvas nessas duas áreas de Itapuã. As equipes continuam nos locais atingidos prestando total assistência às famílias.

O auxílio emergência é um benefício concedido no valor de até três salários mínimos, em parcela única, para apoiar financeiramente as famílias que sofrerem perdas decorrentes dos desastres, visando o restabelecimento das condições mínimas de sobrevivência através da reposição de bens móveis básicos.