Doria, Witzel e outros seis governadores são investigados pela PGR

Investigação mira contratos firmados durante crise do coronavírus

Publicado em 27 de maio de 2020 às 12:03

- Atualizado há um ano

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Oito governadores são investigados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitas de irregularidades em contratos firmados durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo a colunista Mônica Bergamo estão sendo investigadas as gestões de João Doria (PSDB-SP), Wilson Miranda Lima (PSC-AM), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevedo (PSB-PB) e Wilson Witzel (PSC-RJ), além de outros três mandatários que não tiveram os nomes revelados.

A PGR já fez avaliação preliminar sobre cada acusação contra as gestões estaduais e está encaminhando ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedido de autorização para a abertura de inquérito. Alguns requerimentos já estão no tribunal.

Governadores têm prerrogativa de foro e só podem ser investigados depois de autorização da corte. As investigações mais avançadas seriam as dos estados do Pará e Rio de Janeiro, onde o STJ autorizou operação de busca e apreensão na residência oficial do governador Witzel e da primeira-dama Helena Witzel.

O governador nega qualquer envolvimento em irregularidades e diz que sofre retaliações por ser oposição a Jair Bolsonaro. Ele chegou a afirmar que o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, já deveria estar preso.

A operação contra Witzel teve alto impacto no universo político. Ela coincidiu com alterações no comando da PF no Rio depois que o ex-ministro Sergio Moro afirmou que Bolsonaro queria interferir politicamente na corporação.

Um dia antes da operação no Rio, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-RJ), aliada do presidente Jair Bolsonaro, afirmou em uma entrevista que várias operações contra governadores estavam para ser deflagradas, no que seria um escândalo nacional que poderá ser apelidado de "Covidão".