Doutor Bumbum foi médico no Palácio do Planalto

Ele trabalhou como médico temporário do Exército de 2008 até 31 de agosto de 2013

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  • Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2018 às 15:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Agência Brasil

O médico Denis Cesar Barros Furtado, o Doutor Bumbum, trabalhou no Palácio do Planalto de 18 de setembro a 3 de outubro de 2008. Ele era médico do Exército e foi cedido pelo Hospital das Forças Armadas para trabalhar temporariamente na clínica do palácio. O Planalto afirma que ele não teve nenhum vínculo formal com a presidência da República, mesmo trabalhando na Coordenação de Saúde (Cosau).

O coronel Herny Wender, da Secretaria-Geral da Presidência, informou que o Doutor Bumbum não atendeu o então presidente Lula e seus familiares em nenhuma ocasião. Diz também que não há nenhum registro durante a passagem do médico de algum procedimento ou comportamento impróprio. Ele não chegou a participar de eventos oficiais, viagens presidenciais, nem atendeu autoridades.

O suspeito trabalhou como médico temporário do Exército de 2008 até 31 de agosto de 2013. Ele foi lotado no Hospital das Forças Armadas e depois no Hospital Militar da Área de Brasilia (Hmab). como primeiro-tenente, ele tinha direito a portar armas.

Em novembro de 2017, uma operação da Polícia Civil apreendeu com o médico três armas sem registro no Distrito Federal. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas pagou fiança e foi liberado. A defesa afirma que ele ainda pode portar armas, mas o Exército diz que em 2013, quando ele deixou de ter vínculo com a instituição, passou a ser considerado civil e não poderia mais andar armado. 

O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido nas redes sociais, como Doutor Bumbum, e a mãe, a também médica, Maria de Fátima Barros Furtado, mas com o registro cassado, foram transferidos neste domingo (22) para o Complexo de Gericinó, em Bangu, na zona oeste. Os dois haviam sido encaminhados, inicialmente, para o presídio José Frederico Marques, em Benfica. Eles estão presos pela morte da paciente Lilian Calixto, bancária de Cuiabá, após um procedimento estético nos glúteos, no Rio de Janeiro.