'Doutor Bumbum' já é alvo de 21 ligações ao Disque-Denúncia

Ela não confirmou se Furtado irá se entregar e disse que isso será tratado diretamente com a polícia

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  • Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2018 às 13:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

A central de atendimentos do Disque-Denúncia do Rio informou que já recebeu 21 informações sobre o médico Denis César Barros Furtado, o "Dr. Bumbum", de 45 anos, e sua mãe, Maria de Fátima Barros Furtado, de 66. Ambos estão foragidos da Justiça. O número de denúncias foi atualizado às 17h de quarta-feira, 18. Mãe e filho são investigados pela morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos. Ela se submeteu a um procedimento estético no apartamento do "Dr. Bumbum", na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, no sábado, 14. O Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 1 mil por informações que levem a polícia ao "Dr. Bumbum" e a sua mãe. Os dois foram indiciados pela Polícia. A bancária passou mal após realizar procedimento para preenchimento de glúteos. Lilian saiu de Cuiabá, onde morava, para fazer o tratamento com o médico. Após a intervenção, a bancária passou mal e teve complicações. Ela foi levada pelo próprio médico, pela mãe, pela técnica de enfermagem Rosilane Silva e pela secretária Renata Cirne - suposta namorada do "Dr. Bumbum" - ao Hospital Barra D’Or, onde chegou em estado considerado extremamente grave pelos médicos. Mesmo após manobras de recuperação, não foi possível reverter o quadro de Lilian. A bancária morreu na madrugada de domingo, 15Como ligar para o disque-denúncia Informações sobre a localização do médico e de sua mãe podem ser repassadas ao Disque-Denúncia por meio dos telefones 21-2253-1177 e 0300-253-1177 (custo de ligação local) e também pelo aplicativo Disque Denúncia RJ, disponível para celulares com sistema operacional Android ou IOS. O anonimato é garantido ao denunciante.Quem é o "Dr. Bumbum" Antes do crime de que é acusado - homicídio com dolo eventual, por ter provocado a morte da vítima ao injetar polimetilmetacrilato, conhecido como PMMA, nos glúteos da paciente - Furtado demonstrava desembaraço na propaganda de seu trabalho. De jaleco, dirigia-se em vídeos a 655 mil seguidores no Instagram e 45 mil no Facebook. Falava de doenças, citava Sigmund Freud e Charles Chaplin e criticava os conselhos de medicina. Acusava as entidades de cerceamento de certos procedimentos que realizava. "Médicos como eu, que buscam inovar, são tão perseguidos que pensam em desistir e deixar pra lá (as práticas de) estudar e se atualizar, e se render ao sistema (sic)", escreveu, em janeiro. "Na minha opinião, (o sistema) lucra mais com doença que com saúde, perseguindo e vetando qualquer novidade que ameace a indústria e as mentiras já impostas como fatos."O que diz a defesa do Dr. Bumbum Em uma entrevista coletiva que durou menos de quinze minutos, a advogada Naiara Baldanza deixou de responder pontos importantes do caso, como se o médico operava em sua residência ou quando ele deve se entregar à polícia. Ela afirmou que o julgamento em relação ao médico é precoce e que ele tem episódios de síndrome do pânico, por isso a dificuldade em se entregar à polícia.