Drags desfilam na Av. Suburbana durante a 5ª Parada LGBT do Subúrbio 

Gays e simpatizantes se divertiram ao som de música eletrônica e dos sucessos de Pablo Vittar

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  • Gil Santos

Publicado em 3 de setembro de 2017 às 21:19

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Betto Jr./ CORREIO

A previsão do tempo para ontem não era das melhores, mas a chuva foi motivo de alegria, ao menos para as centenas de pessoas que participaram da 5ª edição da Parada LGBT do Subúrbio. O trio elétrico saiu do bairro de Paripe e percorreu a Avenida Afrânio Peixoto até Periperi, onde drags se apresentaram. 

Este ano o tema da parada foi Tenho Direito Sim!. Para a organizadora do evento, Rosy Silva, esse é o momento de reafirmar as liberdades civis. “Quando vemos pré-candidatos pregando o ódio e incitando a violência, precisamos lembrar que temos direitos, como de vestir o que quiser e de andar como quiser. Enquanto uns falam em ódio a nossa resposta é o amor”, afirmou. Drags desfilam durante a Parada Gay (Foto: Betto Jr/ CORREIO) Padrinho da parada, o jornalista Jorge Gauthier disse que ficou emocionado com a homenagem. “O mais importante dessa parada é visibilizar a população LGBT do Subúrbio na busca por respeito e direitos. Ser escolhido para ser padrinho me deixou muito orgulhoso, considero um prêmio pelo meu trabalho à frente do Me Salte”, afirmou, destacando o blog comandado por ele no jornal CORREIO.  Participantes ousaram nos modelitos (Foto: Betto Jr/ CORREIO) Enquanto as drags lutavam contra o vento para manter os penteados em cima do trio, embaixo o público ensaiava até coreografias. A trilha sonora alternava entre músicas eletrônicas e os sucessos de Pablo Vittar. A drag Juju contou que levou mais de 1h para fazer a maquiagem e estava pedindo a Deus paraque a chuva não fizesse mais estragos. “Menino, você já imaginou perder toda esse trabalho?”, brincou.  Participantes de divertiram durante a festa (Foto: Betto Jr/ CORREIO) A festa foi apresentada pela drag Valerie O'Rarah. Muitas pessoas assistiram ao desfile das sacadas das casas ou da calçada. A madrinha da festa, Maura Vilela, lembrou que não é preciso ser LGBT para se solidarizar com a causa. 

“Esse é um movimento em defesa da classe. Sou mãe de família, de dois filhos, e heterossexual, mas sempre participei da parada Gay. Esse ano fui convidada para ser madrinha, com o maior prazer. As pessoas precisam entender que o que todos queremos, héteros e LGBTs, é amar e ser amado”, afirmou.  Jorge Gauthier foi um dos homenageados (Foto: Betto Jr/ CORREIO) Em ano de crise foram as doações das comunidades que permitiram a realização da festa. Durante o evento houve ainda a passagem das faixas para a rainha, a princesa e a Top Trans da Parada. No próximo final de semana será a vez da Parada Gay do centro da cidade. “É um dia, mas representa a luta de uma vida inteira”, concluiu um folião.