Duelo do número 1 × número 9

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  • Clara Albuquerque

Publicado em 24 de abril de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Para muita gente, e talvez pra você, o confronto entre o Real Madrid de Marcelo e Casemiro e o Bayern de Munique, numa das semifinais da Liga dos Campeões, é uma espécie de final antecipada entre duas equipe favoritas ao título mais importante do futebol europeu. Sim, sabemos do poder desses dois gigantes e tudo mais.

Acontece que, na outra semifinal, temos um dos duelos mais interessantes da temporada. Nada menos do que o goleiro titular da seleção brasileira, vivendo sua melhor fase na carreira, diante do melhor centroavante brasileiro, no momento, também no seu auge até agora: Roberto Firmino.

Alguns dias antes da partida de hoje, conversei com Alisson no centro de treinamentos da Roma. A serenidade do gaúcho de 25 anos sempre me impressiona. Seja numa entrevista tranquila, pós treino, seja numa zona mista caótica após um jogo decisivo de Liga dos Campeões. Diz ele que é difícil algo tirá-lo do sério: “Só quando me acordam e eu não quero acordar”, brinca.

Na espera pela estreia na Copa do Mundo, com a responsabilidade de ser o número 1 na Rússia, no entanto, o goleiro assume a ansiedade: “Com certeza tem ansiedade. Mas administro de uma maneira diferente. Procuro domar ela, fazendo ela ficar calma também. Tudo tem o seu momento e eu não gosto de sofrer por antecedência”, garantiu.

Alisson tem total confiança de Tite. Era titular da Seleção mesmo quando estava no banco de reservas da Roma na sua temporada de estreia no futebol italiano. Hoje, desfruta a sensação de estar no topo de sua carreira. “É o melhor momento até agora. Uma semifinal de Liga dos Campeões, tendo projeção de chegar na final e de brigar por um título. Não só pela evolução pessoal, mas também quando falamos de clube. Na Seleção também, é um momento muito bom. Os números falam e o desempenho também mostra isso”.

O adversário de Alisson, em Liverpool x Roma, também vive seu melhor momento na carreira até agora. No time inglês, além dos 25 gols e 14 assistências na temporada, Roberto Firmino mostrou personalidade após a saída de Coutinho, o que não é algo exatamente fácil de se fazer.

 Junto com o egípcio Mohamed Salah, o atacante de 26 anos liderou a equipe treinada por Jurgen Klopp até a semifinal contra a Roma, passando justamente pelo seu maior “rival” na seleção brasileira: Gabriel Jesus (1 contusão, 15 gols e 5 assistências na temporada). Apesar de ter números melhores que o jogador do Manchester City e de também estar um passo à frente em ritmo de jogo, Firmino ainda é a segunda opção no time titular de Tite.

No Brasil, a briga pela posição é um bom debate, mas, na Inglaterra, a balança pesa mais para o lado do atacante do Liverpool. É Firmino que, rodada após rodada, ganha a preferência de quem está do lado de cá. Tem o meu “voto” também. Jesus, no entanto, tem algo que Firmino jamais terá: tornou-se uma estrela sob os olhos do torcedor brasileiro e isso garantiu um lugar especial no coração da torcida e, aparentemente, também entre os 11 titulares.