‘É amor!’: Bell Marques leva legião de seguidores ao circuito Dodô

Para não decepcionar ninguém, Bell já começou o percurso com faixas consagradas

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Santana
  • Fernanda Santana

Publicado em 10 de fevereiro de 2018 às 00:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Elias Dantas/Ag. Haack

O que desencadeia o amor por outra pessoa? As respostas são subjetivas e poderiam lotar, de ponta a ponta, um circuito inteiro do Carnaval. Mais complexo ainda é entender como surge o amor de um fã pelo ídolo. O advogado Fábio Almeida, 41 anos, tenta explicar. O ‘belzeiro’ - como se chamam os fãs do cantor Bell Marques - foi ao Circuito Dodô, ontem, acompanhar o ídolo.

Do lado de fora das cordas do bloco Vumbora, ele contou que até o namoro com a atual esposa já foi interrompido em razão de Bell. “Eu fui para um show em Santo Antônio de Jesus, mesmo ela dizendo que não queria que eu fosse, aí a gente terminou. Mas, quando voltei, a gente se resolveu”, conta.

Se valeu a pena contrariar a então namorada, ele não entrega, mas não parece haver nenhum sinal de arrependimento. O amor por Bell é mais antigo. Desde 1989, do Campo Grande à Praça Castro Alves, Fábio segue o rastro do ex-Chiclete com Banana. Todos os anos, mesmo quando não sai com o bloco oficial, ele próprio cria uma camisa para a folia.

A fisioterapeuta Ítala Maria, 39, é mais enfática ao tentar definir o amor que sente pelo cantor. “Você nunca vai entender até que seu coração pulse ao ouvir a voz dele. Ele tem o poder de fazer quem está triste se alegrar”, defende. A única coisa que já a afastou do ídolo foi uma viagem ao Chile, em 2013, no Carnaval. Mas o arrependimento falou mais alto. “Eu chorava horrores de longe, assistindo pela televisão. Nunca mais faço isso”, conta.

Para não decepcionar ninguém, Bell já começou o percurso com faixas consagradas. “Dê um grito aí” foi a escolhida para começar o segundo dia de sua participação no Carnaval, quando os foliões ainda se ajeitavam entre as cordas e a pipoca. Teve espaço para músicas dos filhos Rafa e Pipo Marques.

Quando Bell relembrava as músicas dos tempos no Chiclete, a emoção do público era ainda maior. “Ele deu mole de sair [da banda, em 2013]. Deveria ter ficado”, disse o estudante Luís Henrique, 16.

Pouco importava a canção, no entanto. Os foliões dançavam e cantavam em todas, como a engenheira Ava Barbosa, 39, que vai ao Carnaval ver Bell desde criança, por influência dos pais. “É amor”, diz.

*Com supervisão da editora Clarissa Pacheco