É bronze! Scheffer surpreende e leva medalha na natação em Tóquio

Brasileiro completou os 200m livre masculino em 1m44s66

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  • Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2021 às 22:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Satiro Sodré/SSPress/CBDA

Felipe Scheffer é bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Estreante, o brasileiro surpreendeu na final dos 200m livre fez o terceiro melhor tempo, com 1min44s66, e garantiu seu lugar no pódio da natação olímpica 25 anos depois da prata de Gustavo Borges em Atlanta-1996.

A Grã-Bretanha completou o pódio com dobradinha: Tom Dean ficou com o ouro (1min44s22) e Duncan Scott com a prata (1min44s26). A prova foi disputada no Japão na manhã desta terça-feira (27, ainda noite de segunda no Brasil). Scheffer mostra a medalha de bronze (Satiro Sodré/SSPress/CBDA) Gaúcho, da cidade de Canoas (RS), Scheffer se classificou à decisão com o pior tempo, em oitavo lugar, e não era considerado favorito. Na final, nadou na raia número 8, a pior da piscina, por sofrer mais com as ondulações criadas pelos demais nadadores. Mas o brasileiro largou bem e manteve um bom ritmo desde o começo da prova

Na segunda virada, Scheffer bateu em segundo, brigando com o britânico Tom Dean. Foi controlando o ritmo até os 50m finais e disparou na virada final. A medalha foi garantida na batida, com somente dois centésimos de segundo de vantagem para o romeno David Popovic, de 16 anos.

Com o resultado, o gaúcho de 23 anos conquistou a primeira medalha da natação brasileira em Tóquio, encerrando um jejum que durava desde os Jogos de Londres-2012 - o Brasil ficou sem pódio na modalidade no Rio-2016. Ainda registrou o melhor tempo de sua carreira e cravou o novo recorde brasileiro e sul-americano da prova. Nas semifinais, ele havia anotado 1min45s71."Não sei até agora ainda (o que senti). Parece que estou travado no tempo. Quando caí para a prova, não estava pensando em tempo, colocação. Só queria fazer minha prova, colocar na água tudo que treinei e nadar feliz a cada braçada, aproveitando cada metro. É uma sensação muito especial. Parece que estou sonhando ainda", disse, em entrevista ao SporTV."Sempre nos preparamos pensando na medalha. Quando chega a competição, tento tirar a pressão, a cobrança por resultado. É difícil fazer isso na hora certa, mas me preparei para isso", completou.

A última vez que o Brasil havia conquistado uma medalha olímpica nos 200m foi em Atlanta-1996, com Gustavo Borges. Assim como Scheffer, ele também disputou a prova em uma raia de canto, a número 1, e subiu ao pódio, mas com a prata.

A caminhada do atleta na seleção brasileira começou em 2016, quando disputou o Campeonato Mundial em piscina curta (25m) em Windsor, no Canadá. Desde 2018, tem obtido grandes resultados. Naquele ano, participou do Mundial de Hangzhou, na China, no revezamento 4x200 metros livre, bateu o recorde mundial de piscina curta e faturou o ouro. 

No ano seguinte, ganhou duas medalhas de ouro (200m livre e 4x200m livre) nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. Também teve bons desempenhos no Campeonato Mundial de Gwangju, no mesmo ano.

Esta é a quarta medalha do Brasil em Tóquio-2020. Agora são duas medalhas de prata, com Kelvin Hoegler e Rayssa Leal, ambos do skate, e duas de bronze, com Scheffer e Eduardo Cregnin, no judô.