É hora de ser protagonista no Nordestão e não de abandoná-lo

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 30 de setembro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Usar metáforas violentas não faz o meu estilo, mas, se era pra matar a Copa do Nordeste, que fizesse sem deixá-la sofrer. Aliás, em que pese todos os problemas apontados pelo Bahia, desde a indefinição na transmissão até os valores baixos de premiação/venda de direitos e a baixa atratividade em determinadas partidas, o tricolor vai contribuindo para um fim ou, no mínimo, esvaziamento da competição.  Na minha cabeça, o filme da Copa do Nordeste de 2003 voltou ativamente. Naquele ano, os grandes clubes da região, excetuando-se Vitória e Ceará (este, com um peso bem menor do que tem hoje), boicotaram a competição, que acabou acontecendo na marra. Resultado: atratividade nenhuma e uma realização apenas para cumprimento de contrato e efeitos legais. O fortalecimento da Copa do Nordeste passa pela briga conjunta por ela e, não, por colocar a Liga do Nordeste contra a parede. Este é o comportamento típico daqueles que gostam de ver os outros fazerem o esforço em nome de um pseudo-privilégio garantido pelo  protagonismo histórico. O momento não é esse. Agora, é hora de brigar pela maior competição da região, que conta com lastro para crescimento e é muito mais vantajosa no aspecto campo que um estadual com campos deficitários, rentabilidade nula e pouca atratividade. A luta pela Copa do Nordeste é a própria luta do Nordeste, que, para se desenvolver, não contou com privilégios. Foi debaixo do sol quente, com o lombo dolorido pelo peso carregado, que conquistamos o que conquistamos e ainda vamos conquistar mais. Não é hora de tirar o time de campo. É hora de liderar um grupo de clubes rumo ao benefício comum. 

Inclusão Só aplausos para o lançamento dos novos uniformes do Bahia. Numa festa inclusiva, o clube mostrou ao país como fazer um evento que inclua, ao menos como modelos, todo o tipo de torcedor. O futebol é muito grande para se resumir a modelos estonteantes, artistas e estrelas da bola. É feito do povo. Falta só que se consiga produzir camisas oficiais com um valor que todas as fatias possam comprar sem precisar tirar dinheiro da mesa ou se endividar no cartão. 

Pra cima Dois anos após o ouro olímpico, suado e quase surpreendente no Rio, a seleção masculina de vôlei tem a chance, neste domingo (30), de dar um passo forte rumo ao bicampeonato em Tóquio-2020.

A final do Mundial é, sim, também surpreendente, pelo início do ciclo de Renan da Zotto, ainda que boa parte do elenco campeão olímpico esteja em quadra. Se vencer, será o primeiro título em um longo tempo sem uma das principais peças da era Bernardinho, o líbero Sérgio Escadinha. Na sua primeira aposentadoria da seleção, a equipe sentiu muito a saída do atleta, que acabou voltando e conquistou a medalha de ouro. Agora, a seleção parece, enfim, se reencontrar. Passou percalços e oscilações. Foi de uma derrota mais do que ruim para uma seleção holandesa, segundo escalão no máximo no vôlei mundial, à virada contra a Rússia (que nos humilhou na Liga das Nações) e à atuação bem segura contra a Sérvia. 

*Ivan Dias Marques é subeditor do Esporte e escreve aos domingos