'É muito difícil vivenciar um momento como esse', admite Chamusca

Treinador não confirmou permanência no Vitória e disse que há outros culpados pela eliminação do Campeonato Baiano

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  • Giuliana Mancini

Publicado em 17 de março de 2019 às 20:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Arisson Marinho/CORREIO

Triste. Foi assim que o técnico Marcelo Chamusca se definiu logo após a derrota do Vitória para o Fluminense de Feira, por 2x0, no Barradão.

“Meu estado emocional agora, e de tudo que vem acontecendo... Sem conseguir vencer, tenha certeza que essa estatística que estou vivendo no Vitória é muito triste e me traz um desgaste emocional (...). Um quadro como esse é quase surreal. A atmosfera é muito negativa, carregada. É muito difícil vivenciar um momento como esse”, assumiu o treinador, em coletiva após a partida.

O futuro do baiano no comando do Leão deve ser definido nessa segunda (18). Além da eliminação, neste domingo (17), do Campeonato Baiano, Chamusca e seu time já haviam caído na primeira fase da Copa do Brasil, para o Moto Club-MA. Chamusca, porém, não adiantou se sai ou fica. 

“Depois do jogo, é prematuro falar qualquer situação em relação ao meu futuro (...) Em todas as equipes que trabalhei, os números foram superiores a esses. Situação difícil para tomar qualquer decisão, né? No calor do jogo, eu não concordo. Eu acho que precisa ter tranquilidade. Existe um contexto onde o torcedor está sedento por cabeças na bandeja, mas acho que isso precisa ser feito com calma. Até em respeito aos profissionais. (...) Queria dizer a minha leitura do jogo, assumir minha responsabilidade como treinador de futebol, dar minha cara para bater, sem me esconder. Não sou de me esconder e só aparecer quando tem êxito”, falou.

Segundo ele, a diretoria também não fez contato no pós-jogo. “Quem conversou comigo foi Alarcon Pacheco (gerente de futebol), nos vestiários, mas não houve nenhum contato da diretoria comigo, não”.

'Todos culpados’ De acordo com o técnico, ele não é o único a ser responsabilizado pela derrota. “O clube tem todo direito de demitir, mas não pode culpar só o treinador, há muitos aspectos que vão além”, comentou. 

“Existem culpados - todos nós. Eu como treinador, pela minha incapacidade de conseguir os objetivos do clube. A diretoria, que me contratou e contratou os jogadores. Os atletas, que, dentro do campo de jogo, têm responsabilidades. Não existem certos culpados. Todos nós somos, pela incapacidade e incompetência”, afirmou. 

“Se existe alguém que trabalha dioturnamente para ter resultado, sou eu. Infelizmente, tomamos o gol muito cedo e ficamos desestimulados. Depois, tomamos o controle. No segundo tempo, Ronaldo não pegou na bola. Mas nada disso se transformou (em resultado positivo). Eu assumo a minha responsabilidade”, continuou.

Segundo Chamusca, o foco agora é na Copa do Nordeste, onde o Vitória está na quinta colocação do Grupo A. Na próxima rodada, o Leão encara o ABC, sábado (23), às 16h, no Frasqueirão, em Natal.