E.C. Vitória, um aniversariante acéfalo

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  • Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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No domingo, dia 13 de maio de 2018, o Esporte Clube Vitória completa 119 anos de história. Chegará a esta data no exato momento em que se apresenta como uma instituição acéfala. Repetindo no popular para deixar bem claro: o Vitória, ao completar 119 anos, é uma mula sem cabeça.

Não há comando na Toca do Leão, de alto a baixo, seja qual for a instância do clube: no campo, na gestão, na comunicação ou nas ideias sobre presente e futuro. Aliás, minto. Há comando no Vitória, um comando atrasado, fraco, inerte, sem dinâmica ou criatividade. Logo, acéfalo.

O que se vê em campo dispensa análises mais extensas. O time do Vitória é ruim individual e coletivamente. O nível técnico dos jogadores é notadamente baixo, o elenco montado pela diretoria é pífio e Mancini parece já ter atingido seu limite de possíveis soluções, pois vive caminhando em círculos sem que a equipe evolua.

Perdoe-me se não me dou ao trabalho de ir buscar números, mas ninguém precisa de estatística para saber como anda ridículo o desempenho do Vitória em qualquer lugar e mais ainda no Barradão, especialmente desde o ano passado, já sob a batuta de Mancini. Pelo Brasileirão, o time simplesmente não ganha no estádio que sempre foi seu recanto de força.  

Saindo só um pouco do campo, o que se viu esta semana na Toca do Leão foi o exemplo do mais puro deboche, viabilizado pela gestão/comunicação do Vitória. Um jogador medíocre como Uillian Correia, mantido titular sabe-se lá devido a qual mistério, sentado na sala de entrevistas, amparado pela estrutura e exibindo os patrocinadores do clube, mandando recado para diretoria, torcida e imprensa de que ninguém pode mexer em Mancini e nos seus atletas, como se fossem todos ungidos pela impossibilidade da crítica. Piada.

Subindo as escadas para os gabinetes, vê-se que a visão disforme da realidade tomou os gestores rubro-negros de assalto. Só isso pode explicar a idiotice de, num momento como este, marcar a “comemoração” do aniversário do Vitória para uma sala de cinema dentro de um shopping, atrelando ainda a participação neste evento à compra de um padrão que custa mais de R$ 200.

Tudo impressiona no episódio: que alguém tenha tido a ideia, que este mesmo gênio tenha tido coragem de passar a proposta adiante, que ninguém no caminho tenha alertado sobre o viés segregador da empreitada e que, ao fim e ao cabo, o homem da palavra final tenha aceitado tal disparate.

Vale lembrar que, em 2017, o Vitória comemorou seu aniversário na sua casa, com Edson Gomes cantando para a torcida.   

Ainda sobre as ações de gabinete, chego ao impasse em torno da parceria com a Universo pelo time de basquete, o que melhor aconteceu ao Vitória do ponto de vista esportivo nos últimos anos.

O Vitória deveria ter vergonha por pagar o que paga a alguns jogadores de futebol e ao mesmo tempo ficar devendo cerca de R$ 280 mil à faculdade. Vergonha, só isso. E a história de negar a concentração para o basquete na véspera de uma partida importante? É sintomático: acéfalos.

Feitas as considerações do momento, podem cantar parabéns. Só resta uma dúvida: se o aniversariante está sem cabeça, vai soprar as velinhas por onde?