'Ele fez um estrago irreparável', diz irmão de mulher morta a facadas pelo namorado

Assassinada em São Cristóvão, a idosa Marlene Rodrigues Moura, 62, foi enterrada na manhã deste sábado, no cemitério Bosque da Paz

“Ele fez um estrago irreparável”, disse o funcionário público Orlando Moura, 56 anos, irmão de Marlene Rodrigues Moura, 62, enterrada na manhã deste sábado (01) no cemitério Bosque da Paz, em Salvador. A idosa foi morta a facadas pelo namorado, nesta quinta-feira, no bairro de São Cristóvão. 

Após cometer o crime, José Amadeu dos Santos, 52, foi surrado por moradores na região e encontra-se em estado grave no Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo agentes do posto policial, ele ainda permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).  Pouco mais de 50 pessoas, entre parentes e amigos, compareceram por volta das 10h, para o velório de Marlene. A revolta era o sentimento que predomina na família. “Ele é um monstro. Minha mãe de 89 anos está a à base de fortes medicamentos. Minha filha já desmaiou aqui e está sendo amparada pela família”, declarou Orlando, irmão de Marlene.

Ele disse que José Amadeu nunca deu indício de que a família pudesse desconfiar de um comportamento agressivo. “Como eles residiam no Rio de Janeiro, não tínhamos contato frequentes. Mas eles vinham em datas comemorativas, com Natal, São João, e, nessas situações, ele sempre se mostrou uma pessoa tranquila. Estamos perplexos com tudo isso”, declarou. O primo e afilhado de Marlene, o microempresário Robenajara Maia, 47, lamentou a morte da idosa. “A cada dia é noticiado nas mídias os assassinatos de mulheres. O índice de feminicídio vem crescendo e nós que sofremos com a perda de nossos entes. Agora, só a saudade que nos resta”, disse angustiado.

Amigo da família, Luís Cláudio dos Santos, 50, fez um desabafo. “Dar facadas numa senhora? Ele destruiu uma família. Fico triste como o ser humano pode fazer isso? Só Deus para confortar essa família, uma perda lastimável”.