Eleição é assunto das 'forças desarmadas', diz Fachin: 'Ninguém e nada interferirá'

"Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia", diz ministro

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  • Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2022 às 13:17

- Atualizado há um ano

. Crédito: Carlos Alves Moura

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, disse nesta quinta-feira (12) que o país vai ter eleições limpas, afirmando que "ninguém e nada interferirá" no trabalho da Justiça Eleitoral. O ministro ainda fez um trocadilho com as Forças Armadas, dizendo que quem cuida do pleito são as "forças desarmadas".

"País e sociedade agradecem. Dia 2 de outubro o Brasil terá eleições limpas, seguras, com paz e segurança. Ninguém e nada interferirá na Justiça Eleitoral. Não admitirmos qualquer circunstância que impeça o brasileiro de se manifestar", disse o ministro, segundo o G1, durante uma vista à sala que recebe testes de segurança nas urnas.

O ministro acrescentou que o trabalho da Justiça Eleitoral acontece normalmente, mesmo em meio a "muito barulho". "Quem vai ganhar as eleições é a democracia. Nós vamos diplomar os eleitos e isso certamente acontecerá. Há muito barulho mas esse tribunal opera com racionalidade técnica".

Os comentários feitos vêm após mais uma série de declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) questionando a lisura das eleições e a confiabilidade das urnas - sem apresentar provas.

Fachin foi questionado sobre a estratégia do presidente de tentar criar um clima de instabilidade e suspeita ao redor das eleições. "Não mando e não recebo recado de ninguém. A afirmação é muito nítida. Quem investe contra o processo eleitoral investe contra a democracia", afirmou.

O ministro comentou também uma sugestão de Bolsonaro para que as Forças Armadas façam uma "apuração paralela" dos votos. "Quem trata de eleição são forças desarmadas e, portanto, dizem respeito à população civil que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes. Logo, diálogo sim, colaboração sim, mas a palavra final é da Justiça Eleitoral".