Em busca do segundo título da carreira, Roger admite ansiedade

Treinador pode entrar na história do Bahia se conquistar o Campeonato Baiano

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Rodrigues
  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 12 de abril de 2019 às 17:33

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Apesar do pouco tempo de Bahia, Roger Machado pode entrar para a história do clube nos próximos dias. Com apenas uma semana no comando do tricolor, completada nesta sexta-feira (12), o treinador já tem pela frente a missão de conduzir o Esquadrão ao seu 48º título do Campeonato Baiano.

Às vésperas do primeiro jogo da final do estadual, neste domingo (14), às 16h, contra o Bahia de Feira, no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, o treinador admite um "friozinho na barriga", mas afirma que está tentando controlar a ansiedade.

“No dia que o profissional do campo não tiver o friozinho na barriga e a ansiedade antes do jogo decisivo, pode parar. Porque perdeu o entusiasmo pela profissão e tudo que envolve os jogos finais de campeonato. Minha ansiedade é controlada pela experiência de mais de 25 anos no esporte. Os atletas sabem que quando entram em campo para fazer o que de melhor sabem, a ansiedade é controlada por saber o que se vai fazer em campo. Mas não tenha dúvida, são momentos que antecedem os jogos que são de muita expectativa”, explicou o treinador.

O pouco tempo de Bahia, de certa forma, tem sido um problema para Roger. O treinador ainda não conseguiu, de fato, deixar o Bahia com a sua cara. Apesar disso, ele valoriza a estrutura que foi deixada por Enderson e garante que os atletas estão se esforçando para colocar em prática os conceitos passados.

“Tenho conversado bastante com os atletas. Aqueles que têm ido para o jogo, tem participado muito da recuperação, hoje que vou tê-los todo no campo para trabalhar. Mexi em alguns conceitos. Como disse na minha chegada, me beneficiei de uma estrutura muito bem montada pelo Enderson, colocando alguns conceitos de um jogo mais apoiado, construindo esse jogo com passes curtos, em que a gente pudesse alternar um pouco a profundidade pelo lado e o jogo interno. Já consegui enxergar alguma coisa nesse primeiro momento, isso me dá conta que os atletas estão abertos para isso. Efetivamente tempo para treinar só teremos mais à frente. Como teremos a decisão, os jogos finais do Baiano, importante salientar outras coisas, e não muito meu conceito, para continuar com essa estrutura forte que temos desde o tempo de Enderson", disse.

A final do Baianão será apenas a terceira de Roger como treinador. No currículo, ele acumula um título do Campeonato Mineiro, pelo Atlético (2017), e o vice do Paulista com o Palmeiras (2018). 

Olho no Bahia de Feira Em sua estreia no Campeonato Baiano, Roger prevê um duelo complicado em Feira de Santana. Ele lembra que o Bahia de Feira venceu o tricolor na primeira fase e destaca a campanha do Tremendão no estadual.

“Vi três jogos do Bahia de Feira. Um deles no sintético. Depois no de grama natural também. Belo time, muita intensidade. Tem jogadores fortes e rápidos. O campo é bom. Venta muito. Isso gera uma questão de adaptação a distância do tiro de meta, dependendo do lado a bola mais longe, o passe, para dar mais pressão. Questão de adaptação para estar atento desde o início do jogo. Tenho para mim que será um jogo muito disputado, jogado. Jogo de final de campeonato. Espero que seja um jogo bonito, para as pessoas admirarem e participarem do evento”, explica.