Em cartaz com ex, Burlamaqui fala sobre episódio de traição: 'Fiquei como a vaca'

A atriz, que se apresenta com a peça 'O Amante' com Daniel Alvim, no Rio

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  • Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2011 às 14:44

- Atualizado há um ano

Paula Burlamaqui e Daniel Alvim se envolveram em um episódio polêmico no carnaval do ano passado, quando a atriz foi acusada de traição após aparecer com o ator no mesmo camarote onde havia sido clicada beijando um modelo no dia anterior. Mas, no palco, os dois provam que a história não afetou o carinho que um sente pelo outro. O ex-casal se apresenta junto, com a peça "O Amante", desde agosto do ano passado e, há um mês.Esta semana, Paula e Daniel receberam o EGO nos bastidores do espetáculo, mostraram o que têm em seus camarins, falaram sobre carreira e esclareceram a história de 'traição' que envolve os dois. A atriz garante que não estava mais namorando com o ex quando beijou o outro rapaz, mas diz que 'vacilou' ao protagonizar um revival com ele em um local público."Toda a situação foi uma idiotice. A gente já estava separado desde novembro e ele já estava até começando um relacionamento com outra pessoa. O problema foi que eu fiquei com um menino em um dia e com ele no outro. Aconteceu um revival. Mas não traí ninguém. Quando estou apaixonada, não traio. Hoje em dia você não é obrigada a ficar com alguém, fica porque quer. Não dependo de ninguém para viver. Mas fazer o quê, né? Na sociedade machista e hipócriota que a gente vive... Devia ter beijado em casa. Caí em uma cilada, vacilei! Fiquei de vaca, de piranha", explica Burlamaqui.Trauma Apesar de ter a consciência tranquila, Paula diz que ficou muito "traumatizada e assustada" com todo o episódio. Daniel, segundo ela, a apoiou muito na ocasião. "A imprensa foi muito cruel. Foi péssimo! Fiquei tão deprimida com aquela história toda que nem quis esclarecer o assunto. Me senti violentada, exposta... Parecia que eu tinha matado criancinhas. Mas errei. Devia ter falado, convocado uma coletiva. Na época, o Daniel me confortou muito. Hoje em dia a gente dá risada disso, mas foi f.. Estrearmos essa peça calou a boca de muita gente, porque se eu o tivesse traído mesmo, ele não ia mais querer olhar para a minha cara", relembra a atriz, que diz ter aprendido uma lição. "Agora nem quando tiver meu marido, com sete filhos, vou beijar ele em público. Nem pegar na mão! Aprendi. A vida é assim. A gente tropeça aqui e ali e vai vivendo", acredita. Ao contrário da ex, Daniel prefere ser mais econômico ao falar sobre o assunto. Ele diz que, após toda esta história, preferiu não falar mais sobre sua vida pessoal e conta que, ainda durante o namoro, quando compraram os direitos de "O Amante", ele e Paula já tinham combinado que manteriam o projeto independente do que acontecesse. 

Em cartaz com ex, Burlamaqui fala sobre episódio de traição: 'Fiquei como a vaca'"Essas questões são sempre muito complicadas. Respeito a imprensa, sei que o que vende é isso. Mas ninguém veio me perguntar nada na época. Se estão dizendo que é, o que eu vou falar? Acho uma pena. Não vou ficar tentando rebater boatos sobre minha vida pessoal. Sempre fui muito honesto, mas hoje prefiro não falar. Quando aconteceu, eu disse para a Paula: 'Relaxa. Vambora, esse trabalho é nosso'. E olha que ironia... A peça se chama 'O Amante' e veio logo depois dessa história toda", destaca o ator.CamarimEm seu camarim, Paula tem coisas simples: muita maquiagem, spray de própolis e mel e um bilhete da amiga Fernanda Torres, lhe desejando sorte, preso no alto de seu espelho. Segundo a atriz, quase sempre, ela também tem um espécie de altar com cristais, santinhos, a foto da peça e uma flor para trazer boas vibrações, mas por conta da correria de ponte-aérea - ela está vivendo em São Paulo e, em breve, deve vir definitivamente para o Rio -, às vezes acaba esquecendo.A maquiagem do espetáculo é feita pela própria atriz, que chega ao teatro por volta de 1h30 antes do horário para se aprontar. "Sou eu que faço minha maquiagem, mas quem deu toda a concepção foi o Léo Pacheco (o ator Leopoldo Pacheco), que é muito talentoso. Eu só reproduzo exatamente o que ele fez no primeiro dia. Depois, coloco um CD para me aquecer corporalmente e aqueço a voz também", revela.Daniel também tem pouca coisa em seu camarim, que é quase todo tomado por figurinos do personagem. Ele guarda seus pertences pessoais - carteira, celular, relógio e óculos - em uma gavetinha e, apesar de se arrumar mais rápido que a parceira, também gosta de chegar pelo menos uma hora antes do início da peça."Gosto de me concentrar e me aquecer bem. Penso muito enquanto estou me maquiando, faço bem devagarinho. Depois eu e a Paula ficamos conversando, passando cenas e acertando algumas coisas", enumera.SóciosPaula e Daniel são parceiros tanto no palco quanto nos bastidores. O ex-casal produz a peça em sociedade e comprou os direitos do texto do autor Harold Pinter junto. Eles garantem que adoram trabalhar juntos. "Estava namorando o Daniel quando resolvemos fazer a peça. Eu estava procurando um texto legal há algum tempo e ele me mostrou esse. Somos sócios. É muito bom trabalhar com ele, nos damos muito bem tanto em cena quanto na produção. É como uma família, ficamos muito amigos. Acho que pulamos muitas etapas nos ensaios, porque já nos conhecíamos muito. A intimidade que a gente tinha ajudou. Fui muito feliz com o Daniel no namoro e sou muito feliz agora como amiga. Adoro ele. Ele é uma pessoal muito especial, tudo de bom", elogia Burlamaqui.Além de estar em cartaz no teatro, agora a atriz também se prepara para começar a gravar "Cordel Encantado", a nova novela das seis da TV Globo, onde será uma jornalista, que após descobrir que o marido é casado com mais duas outras mulheres, se envolverá com o Rei do Cangaço. "Devo começar a gravar essa semana, porque só entro no capítulo 30. Minha personagem é sensacional!", comemora.Daniel, que não é tão conhecido do grande público, tem um longo currículo no teatro e 14 anos de profissão. Perguntado se tem vontade de fazer mais novelas, o ator diz que sim, mas que não se preocupa com fama."Trabalho é trabalho. Tanto cinema, quando TV e teatro têm linguagens diferentes e interessantíssimas. O que me leva a aceitar um trabalho não é o meio e sim se o personagem me interessa, faz com que eu me identifique. O que eu quero é trabalhar bem. Tem uma diferença entre 'know how' e sucesso e o primeiro ninguém me tira. Ser reconhecido na rua? Não me interessa", desdenha Alvim. As informações são do Ego.