Em círculos há séculos

por Aninha Franco

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Publicado em 28 de abril de 2018 às 06:11

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A impressão é que o Brasil voltou à fase colonial, capital Brasília, Ciclo Predação do Estado que enriquece tanto quanto o Ciclo do Açúcar e do Café. É impossível se sentir numa República assistindo Toffoli, o ex-servidor jurídico do PT, recusado duas vezes em concursos para juiz, embaraçar o trabalho do Poder Judiciário concursado que tenta combater a corrupção. Em 2007, quando nomeou Toffoli ministro, Lula corrompeu as regras que ainda permitem o Executivo nomear o Judiciário que lhe vigiará. E de que circo FHC tirou Gilmar Mendes, o antiministro do Supremo por excelência, para atrasar o combate de Moro? Possivelmente do mesmo circo que incluiu a reeleição no Executivo, quando a do Legislativo já era excrescência. À serviço do Faraó Decano, José Sarney, Marco Aurélio Melo deve escutar o patrono para transformar a Segunda Turma do Supremo na Inimiga Pública número 1 do Brasil.

José Sarney, ex-Arena, MDB para assumir o governo em 1985 e nele permanecer até 1989, tinha aprovação baixíssima quando saiu do governo, como a de Michel Temer hoje. A inflação de Temer é menor que a de Sarney, mas a violência de Temer ganha disparada da de Sarney, porque a última ação republicana dos últimos anos foi a recuperação da moeda feita por Itamar Franco, que com ela elegeu o Faraó FFHHCC duas vezes contra o Faraó Messiânico Lula da Silva, os dois com oito anos de governo, e Lula com um bônus de mais cinco com o poste Russeff.

Nem a breguice peessedebista nem a adolescência transviada de Lindberg, Gleisi e Suplicy fizeram coisa alguma pelo Estado durante 23 anos de Governos. Criaram e expandiram a bolsa família, disputam as criações de universidades sem estruturar a educação básica e gastaram milhões com marketing para impressionar a massa que lê e não entende nada. Vinte e três anos e não há um que tenha enriquecido o Estado, porque as privatizações de FHC foram incompletas e as agências de controle estão à mercê dos partidos.

Assistir Lídice da Matta caçar reeleição para o senado por mais oito anos depois de custar R$ 16.284.299,84 (http://static.congressoemfoco.uol.com.br/2014/07/Lista_Completa_Custo_Parlamentar_GDE_180714.jpg) ao Estado nos oitos anos iniciados em 2010, encerrados em dezembro, é insuportável. Porque a ineficiência de Lídice e de muitos outros transformaram Salvador numa cidade provinciana. Suas únicas manifestações artísticas sedutoras são os restaurantes, o espetáculo de Morchon na Taperia, o espetáculo de Narduzzi aonde quer que ele esteja, e de alguns outros espetáculos em meio à escuridão criativa.

O faraó da província, Rui Costa, alardeia um trem, que ele chama de metrô, ignorando que trem serve ao movimento. Com a cidade fechando postos de trabalho sem parar, o trem não levará ninguém a lugar nenhum. Todos ficarão em casa, desempregados, com medo da violência que sem trabalho continuará crescendo. Como o procurador Montemor confesso estar muito cansada de toda esta canalhice que tenta acabar com a Lava Jato praticada pelos políticos e pela Segunda Turma do STF nomeada pelos Faraós Sarney, FHC e Lula, que se desacataram disputando o poder e se tornaram aliados quando chegaram nele, mantendo o país que Sarney governou até 1989, quase inalterado em 2018, com suas duas expectativas políticas dos Anos 1990 e início do século 21 transmutadas num condenado por corrupção e num “pensador” que sempre nega no dia seguinte o que afirmou no dia anterior.