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O filme, dirigido por Eli Roth, estreou em março nos EUA e foi acusado de fazer apologia ao uso de armas após atentado em escola americana
Roberto Midlej
Publicado em 10 de maio de 2018 às 06:15
- Atualizado há um ano
A ideia de fazer justiça com as próprias mãos sempre fascinou Hollywood. E um dos mais emblemáticos filmes sobre o tema é Desejo de Matar, que foi lançado em 1974 e tinha Charles Bronson no papel do arquiteto Paul Kersey, um homem tranquilo que viu sua casa ser invadida por marginais que estupram sua filha e assassinam sua mulher. Irritado com a inércia da polícia, Kersey transforma-se num justiceiro que vai atrás dos homicidas que arrasaram a vida de sua família.
Passados 44 anos desde a estreia de Desejo de Matar - que ganharia quatro sequências até 1994 -, o longa ganha uma refilmagem cuja trama é a mesma, com uma pequena diferença: Kersey agora é um médico. A troca de profissão, tudo indica, serve para despertar um novo paradoxo: como um homem especializado em salvar vidas vai agora se empenhar em destruí-las?
Bruce Willis - Para o papel principal, foi convocado um astro do cinema de ação que brilhou na década de 1990: Bruce Willis, hoje aos 63 anos, mas ainda em boa forma física. Talvez essa seja uma chance de revigorar a carreira de uma estrela que há um bom tempo vê suas produções serem lançadas direto em DVD ou streaming. A direção é de Eli Roth, que no início da carreira teve o aval de Quentin Tarantino e realizou o ultraviolento O Albergue (2005).
Há alguns pequenos ajustes na história, para torná-la mais moderna. A internet, claro, não poderia faltar. Rapidamente, os vídeos que mostram Paul Kersey atuando como justiceiro logo bombam nas redes sociais. Aí, começam os debates nas próprias redes e na mídia: afinal, ele é herói ou vilão?
O novo Desejo de Matar estreou em março nos Estados Unidos e fez muito barulho, principalmente por ser acusado de fazer propaganda a favor do uso de armas. A discussão foi intensificada porque a estreia do filme aconteceu um mês após um ataque a tiros numa escola da Flórida ter provocado a morte de 17 estudantes.
Eli Roth não deu bola para a discussão quando lhe perguntaram se seu filme era fascista: “Não acho que seja. Meu papel é o de contar a história e tem uma coisa legal nesta discussão: ninguém é obrigado a ver o filme”. Em seguida, comemorou a polêmica que a produção estava criando: “Se não quer ver, não veja. Mas o trailer teve mais de 20 milhões de visualizações em 24 horas”.
Mas nem o burburinho na internet alavancou o filme: a bilheteria não chegou sequer a US$ 35 milhões nos EUA.
Horários de exibição:
UCI Orient Shopping da Bahia Sala 1 (leg): 14h40, 19h, 21h20, 23h40 (S) | Sala 7 (dub): 13h10, 15h30, 17h50, 20h10, 22h30 UCI Orient Shopping Barra Sala 3 (leg): 13h, 15h30, 18h, 20h40 | Sala 7 (leg)(delux): 17h10, 21h40 UCI Orient Shopping Paralela Sala 5 (dub): 13h50, 16h10, 18h30, 20h50 (leg), 23h10 (leg)(S) Orient Boulevard Shopping Sala 3 (dub): 13h50 (exceto sábado e domingo), 18h30, 20h50 (leg)(exceto quarta) Cinépolis Bela Vista Sala 7 (dub): 13h40, 16h10 (leg), 19h, 21h40 (leg)(exceto quarta) Cinépolis Salvador Norte Sala 2 (dub): 18h30, 21h (exceto quarta) Cinemark Sala 3 (leg): 14h30, 17h, 19h50, 22h30 (exceto quarta)