Empresário é preso por fraude de R$ 6,5 mi e venda clandestina de suplementos

Operação cumpriu mandados de busca e apreensão em Feira de Santana e Salvador

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  • Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2017 às 07:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Divulgação

A Polícia Federal prendeu o empresário Ricardo Peixoto e apreendeu mais de cinco toneladas de suplementos, três veículos, uma lancha e três imóveis, na manhã desta segunda-feira (9), durante a Operação Hedonikos. A iniciativa tinha como objetivo coibir a ação do empresário de Feira de Santana, que atuava na fabricação clandestina de suplementos alimentares e fraudes financeiras. O prejuízo causado somente à Caixa Econômica Federal soma R$ 6,5 milhões. Lancha apreendida em operação da PF (Foto: Divulgação/PF) Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Feira e Salvador, um mandado de prisão preventiva, três mandados de condução coercitiva, além de seis mandados de sequestros de bens e bloqueio de valores em contas bancárias, todos expedidos pela 3ª Vara Federal de Feira de Santana. Os investigados irão responder pelos crimes de estelionato, fabricação clandestina de produtos equiparados a medicamentos, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa.

Ricardo abriu contas bancárias e obteve empréstimos fraudulentos com a utilização de documentos falsos. As investigações começaram há três meses e levaram a diversas empresas constituídas pelo investigado com a utilização de “laranjas”, que atuavam na fabricação e comercialização clandestina de suplementos alimentares. Os produtos eram feitos sem qualquer autorização dos órgãos de vigilância sanitária competentes e distribuídos através de sua rede de lojas em Feira de Santana e Salvador, além de outros estabelecimentos do Nordeste.  A operação tem apoio da Vigilância Sanitária e Ambiental do Estado (Divisa). 

Fraudes  O início das fraudes se deu quando o empresário obteve a alteração de seu nome em virtude de decisão judicial de reconhecimento de paternidade e passou a utilizar o seu nome antigo para cometer atos ilícitos, desde abertura de contas bancárias em instituições financeiras à constituição de empresas, tudo com o nome, CPF e RG já inativos, tendo como consequência a inadimplência perante os bancos e não pagamento de tributos de dívidas. A partir desses negócios ilícitos, o empresário conseguiu constituir um patrimônio significativo, com a aquisição de imóveis, veículos de alto padrão e até mesmo uma lancha, os quais não eram declarados às autoridades fazendárias por estarem registrados em seu antigo nome ou em nome de terceiros.