Encontro da Aberje aborda revolução criativa na Bahia

Evento reuniu algumas das ações inovadoras desenvolvidas no estado para ilustrar potencial econômico da cultura

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 5 de abril de 2019 às 17:10

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauro Akin Nassor

Jogos culturais para estudantes. Websérie que traz heroína negra. Evento cultural que é realizado em locais de risco social em Salvador. Muitas inovações têm movimentado a economia baiana, mas essas ações específicas ainda são desconhecidas para uma parcela significativa da sociedade, das empresas e organizações e dos profissionais de comunicação. Com o objetivo de lançar luz sobre as novidades, foi realizado na manhã desta sexta-feira (5), no auditório da Coelba, em Narandiba, a 4ª edição do Encontro Aberje Bahia, que trouxe o tema “Revolução criativa na Bahêa: o que a Comunicação tem a ver com isso”.

De acordo com o diretor do Capítulo Aberje Bahia, Marcelo Gentil, o encontro reuniu 103 profissionais de 60 empresas para trocar informações e ideias sobre ações e projetos que estão fazendo a diferença no cenário cultural. “Mais que números, nosso objetivo foi lançar luzes sobre a área de serviços, que responde por quase 80% da economia local”, disse Marcelo.

Na oportunidade, o idealizador e diretor técnico do festival SSA Mapping, José Enrique Iglesias, salientou a importância da cultura como ativo da cidade. “Não dá mais para ignorar a importância da cultura para uma cidade como Salvador e precisamos fazer as empresas compreenderem isso”, pontuou, ressaltando que para cada R$ 1 investido em cultura, a cadeia produtiva consegue ter R$ 1,59 de retorno financeiro.“Investir em cultura e entretenimento vale a pena e temos tudo para isso, não apenas pela riqueza histórica, natural e arquitetônica, mas, sobretudo, por uma indústria criativa que não está mais buscando outros centros para se fixar”, completou.Como um dos expositores, Iglesias afirmou que a meta do SSA Mapping é se transformar no festival de luzes de Salvador, ampliando ainda mais o reconhecimento da iniciativa e aumentando o potencial das experiências de artes, arquitetura e tecnologia.

O encontro foi aberto pelo gerente de comunicação do Esporte Clube Bahia, Nelson Barros Neto, que falou sobre “O Esquadrão de Aço e seu Novo Posicionamento de Comunicação”. Em seguida, o editor de mídia digital do CORREIO, Wladmir Pinheiro, mediou uma mesa criativa que contou com as presenças de Alexandre Santos, sócio da Strike e idealizador de game sobre a Revolta dos Búzios, que falou sobre a experiência da Bahia dos Games; Milena Anjos, integrante do coletivo Êpa Filmes e produtora da websérie Punho Negro, premiada como melhor ideia original no WebFestRio; e José Enrique Iglesias.

Marcelo Gentil ressaltou que até dezembro a Aberje realizará mais três encontros e quatro cursos abertos para os associados e os interessados no tema. “No dia 26 de abril, por exemplo, Ricardo Sales virá a Salvador e falará como buscar oportunidades na  Diversidade na Comunicação e nas Organizações”, comentou.

O curso terá um custo de R$ 400,00 para associados e R$ 600,00 para os não associados. “Acredito que o grande diferencial desse nosso encontro foi o fato de falarmos de comunicação para não comunicadores, pois a nossa perspectiva é mostrar que a comunicação hoje integra uma cultura organizacional”, finalizou Gentil.  Milena Anjos fala sobre as experiências da Êpa Filmes e da websérie Punhos Negros, que aborda uma heroína baiana (Foto: Mauro Akin Nassor)