Energia plantada

Por Donaldson Gomes

Publicado em 18 de dezembro de 2017 às 04:53

- Atualizado há um ano

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A produção de energia a partir da biomassa de eucalipto abriu um novo flanco para a expansão do setor de florestas plantadas na Bahia. Após o projeto da ERB, que fornece aproximadamente 25% de toda a energia utilizado no complexo da Dow, em Aratu, a Bahia está prestes a receber um  novo empreendimento do tipo, desta vez, para exportação. A Solid Energia Renovável, primeira fábrica de pellets de madeira da Bahia, vai começar a operar agora no primeiro trimestre de 2018, informa o diretor executivo da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf), Wilson Andrade. Segundo ele, toda a estrutura fabril já está pronta, com capacidade de produzir 48 mil toneladas do pellets por ano e produção totalmente vendida para o mercado italiano. O produto, explica ele, tem alto potencial para a geração de energia e é renovável – o que tem despertado grande interesse nos Estados Unidos e Europa. “São projetos totalmente sustentáveis ambientalmente, com potencial para crescer exponencialmente”, acredita Andrade. 

Potencial de crescimento  A Abaf vai apresentar esta semana o relatório Bahia Florestal, com os dados mais recentes sobre o setor no estado. Por aqui há 647,8 mil hectares plantados principalmente com eucalipto, o que coloca o estado entre os líderes em florestas plantadas no Brasil. Possui ainda 32,3 mil hectares com seringueira, que alimenta a indústria de borracha. Em 2016, o setor investiu R$ 713 milhões no estado, sendo 60% para o plantio florestal, 37% para a indústria e os outros 3% em programas socioambientais, bem como à pesquisa e inovação florestal. São 228,7 mil empregos diretos e indiretos gerados pela atividade. E o diretor-executivo da Abaf, Wilson Andrade, diz que isso tudo ainda é pouco. Segundo ele, o mercado é mundial e demanda uma grande fábrica de celulose por ano, com investimento de R$ 12 bilhões, e o Brasil em geral, a Bahia em particular, é o destino ideal, se levarmos em conta as condições socioambientais. Falta apenas, diz Wilson, dar segurança jurídica aos investidores. 

O lado bom O presidente do Sinduscon-Ba (Sindicato da Indústria da Construção Civil na Bahia), Carlos Henrique Passos, diz que há um lado bom no adiamento na votação da reforma da Previdência: dá mais tempo para os parlamentares se convencerem de que a medida é boa. “Claro que gostaríamos muito de tirar logo este assunto da pauta, mas este tempo vai ajudar o Congresso a entender que isso é bom para o país”, pondera. O setor está empenhado na aprovação do assunto por acreditar que isso melhora o ambiente de investimentos em longo prazo. Por aqui, Carlos Henrique Passos diz que uma boa notícia para o setor veio ainda em 2017. Foi a decisão da Prefeitura de estabelecer uma “trava” no aumento do IPTU para terrenos. “É uma das coisas que nos levam a esperar um 2018 melhor”, avalia. 

No horizonte

Publicidade. O Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia – Sinapro-Bahia fecha o ano com quase 30% de aumento no número de associados, chegando a 71 agências, em 2017, quando celebrou 30 anos de atividades. Nesse período a entidade filiou 11 novas agências, sendo oito no interior e três na capital, além de reativar a Delegacia Regional de Vitória da Conquista. 

Expansão. Com intensa movimentação de expansões e aquisições, a Clínica AMO, maior serviço oncológico do Norte-Nordeste, encerra o ano com alta de 25% e expectativa de crescer 30% em 2018. Este ano, o grupo chegou a Feira de Santana e Vitória da Conquista. Para 2018, está prevista a implantação de um centro integrado de diagnóstico no imóvel da antiga Fogo de Chão, no Rio Vermelho. 

Colunista de férias. O Farol Econômico terá a sua veiculação suspensa até o final de janeiro, em virtude do recesso de final de ano e das (merecidas) férias do colunista. Desde já, um ótimo 2018!