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Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2018 às 12:05
- Atualizado há um ano
Algum dia disseram que meninas brigavam com meninas. Disseram que elas juntas era confusão, e que elas não seriam confiáveis umas para as outras.
Disseram que a gente se aponta, se critica, se cobra e se julga o tempo inteiro. E que por isso era melhor nos manter isoladas.
Então depois de tanto dizerem, tentaram fazer disso verdade.
Esqueceram, no entanto, que de tanto afirmarem nos fizeram duvidar, mexeram com a nossa autoimagem, com a nossa autoestima e ainda começaram a querer nos impedir de sonhar.
Começaram querendo nos manter em casa: estudar e trabalhar não era coisa de menina, como se cuidar da casa, dos filhos, bordar, ou cozinhar não fosse trabalhoso! E assim foram deturpando os valores.
Com o tempo algumas de nós foram percebendo a cilada que tinham nos colocado, e que aquelas “verdades” não eram tão verdadeiras assim.
Aos poucos, algumas de nós foram vendo que o que diziam e faziam não era sobre a nossa “má índole”, ou “incapacidade de ser amiga”, ou sobre nosso “déficit de aprendizagem”, mas sim sobre o medo de nos ver fortes e ocupando espaços, por que ser forte não era coisa de menina, e que foi assim que nos tornamos o “sexo frágil”! Passamos a questionar e a querer ver reconhecida a nossa parte! Passamos a perceber os nossos potenciais afinal, quem nos definia era quem nos limitava, e esses limites podiam ser quebrados porque podemos mais!
Entendemos que não somos más, e de tão boas assustamos mesmo! O desafio é a gente acreditar nisso. Fazer todo esse potencial ser visto, lembrado e respeitado! Se separadas já somos esteio de família (financeiro e emocional), inventoras, inquietas, revolucionárias e criativas, imagina juntas? Não há corrente mais forte do que seu elo mais fraco, então acredite em você, fortaleça você, e seja fortaleza para o outro! Porque sim, não precisa ser forte o tempo todo, e é por isso que se uma estremece a outra ergue! Minoria é conceito numérico, e matematicamente somos milhões de umas, e por isso mesmo que a gente não só pode como deve ocupar espaços e disseminar a nossa relevância!
Do nosso modo, do nosso jeito, com amor e cuidado, vendo aquela a nossa volta. E lembrando sempre: duas é mais que uma!
Gisele Dias é life coach.
Texto originalmente publicado no Facebook e replicado com autorização da autora.