Escola baiana viraliza após resposta que defendia professor trans

No Facebook, o post teve mais de 7,7 mil reações, 770 comentários e mais de cinco mil compartilhamentos

Publicado em 21 de março de 2019 às 21:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/CORREIO

Uma escola de educação infantil de Salvador, na Bahia, publicou trecho de uma conversa entre a instituição de ensino e outra pessoa não identificada. No diálogo, a Escolinha Maria Felipa é questionada sobre ter um professor transexual e a resposta repercutiu nas redes sociais.

"Vocês têm um professor trans na escola, né?", pergunta a pessoa Após a confirmação da escola, dizendo que o educador é um "excelente profissional", o interlocutor segue com outra pergunta. A escola fica no bairro da Federação. 

"Não que eu concorde, mas você não acha que isso pode ter diminuído o número de matrículas de vocês?", pergunta.

A resposta da escola, depois de publicada nas redes sociais, chamou atenção: "Quem acha que uma pessoa trans, apenas por ser trans, não pode educar seu filho não merece a nossa escola". O professor trans contratado pela escola é Bruno Santana, primeira pessoa trans foramada em Educação Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Ele também é segundo homem trans a assessorar um parlamentar da Câmara Municipal de Salvador nos 470 anos de fundação da casa.

No Facebook, o post teve mais de 7,7 mil reações, 770 comentários e mais de cinco mil compartilhamentos até a publicação desta matéria. No Instagram, quase 17 mil pessoas curtiram a foto, inclusive o ator Bruno Gagliasso.

Nos comentários, as pessoas apoiaram a resposta dada pelos gestores da escola. "Obrigado, também sou trans e professor, é bom saber que ao menos em alguns lugares não esbarramos com o preconceito", disse um internauta no Facebook. "Por mais escolas assim no mundo. Todo meu respeito a admiração", escreveu outro no Instagram.

Na legenda da foto, a escola reforçou que tem o interesse de "lutar e construir pela via da educação o mundo que acreditamos. Não negociamos nossos sonhos!".