Especial mostra relação entre mulheres batalhadoras e suas comunidades

Mães do Brasil vai ao ar nesta quarta (1º) depois de Um Lugar ao Sol; baiana do Curuzu está no programa

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 17:50

- Atualizado há 10 meses

. Crédito: divulgação

Unidas pelo desejo de ajudar o próximo, pela forte relação com suas comunidades e, principalmente, pelo amor aos seus filhos, as histórias de Aline, Elaine, Eulária, Liane, Loanda e Rosimeire vão mostrar nesta quarta-feira (1º) que a união e a solidariedade fazem toda a diferença em tempos como os da pandemia. Elas estão no especial Mães do Brasil, exibido depois de Um Lugar ao Sol, é inspirado no projeto Mães da Favela, da Central Única das Favelas (CUFA), que continua recebendo doações que são destinadas para favelas de todo país.   “É possível dizer que temos um especial sobre esperança, o que será uma grande inspiração para que todos se movam e tenham mais empatia. Essas histórias nos ensinam a darmos as mãos, a sermos mais humanos e respeitosos com quem não teve as mesmas oportunidades que nós. Também nos ensina muito sobre o amor de mãe”, destaca Kelly Castilho, que divide a direção do especial com John Oliveira.   A abertura de Mães do Brasil foi inspirada na série República da Desigualdade – Meritocracia seja Louvada, do artista multimídia Hal Wildson. Para esse trabalho, Hal iniciou uma pesquisa em 2018 que foi concluída dois anos depois com a chegada da pandemia, em um cenário que agravou a desigualdade no país. A obra do artista questiona o argumento da meritocracia como solução para a pobreza, a fome e a falta de oportunidade.   “Foi um grande presente fazer parte de um projeto que dialoga tanto com minha forma de fazer arte e de lutar por um Brasil melhor. Acredito que a união, a solidariedade, a arte, a educação são capazes de mudar o rumo da história do nosso país. O documentário é um pouco de tudo isso”, afirma Hal.   A trilha escolhida para a abertura é ‘Lá de Onde eu Venho’, uma composição de Dexter, Billy SP e Peu Cavalcante. Lançada em agosto deste ano, a canção é um samba que busca retratar a realidade do povo brasileiro, com suas dificuldades, mas também a força para lidar com esses desafios. “Fazer parte desse projeto com o meu primeiro samba é significativo demais para a minha carreira. E é uma satisfação pessoal muito grande. Poder coroar a luta dessas mulheres com essa música é satisfatório demais”, celebra Dexter.   Mães do Brasil é uma produção da KondZilla Filmes e Favela Filmes, em parceria com a Central Única das Favelas (CUFA), com direção de Kelly Castilho e John Oliveira e roteiro de Maria Shu. A supervisão artística é de Rafael Dragaud, e a direção de gênero, de Mariano Boni. 

Conheça melhor a baiana Aline Souza:

Aline Souza, de 44 anos, é mãe de três filhas e mora no bairro do Curuzu, na capital baiana. Aline teve uma infância de muita dificuldade, sofrendo com a pobreza. Durante a pandemia, ela ficou desempregada e decidiu vender acarajé na frente de casa para garantir o sustento da família. Seu maior é sonho é voltar a estudar e um dia se tornar enfermeira para dar uma vida melhor às suas filhas. 

Como você se sente sendo uma das protagonistas do especial Mães do Brasil?  Eu me sinto potência e muito especial por ter sido agraciada de participar desse documentário, de poder mostrar a minha favela, mostrar que ela não é só violência, que tem cultura, tem ação social, tem muita coisa para ser mostrada. É uma oportunidade para as pessoas conhecerem um pouco da minha história e da minha favela.

Qual foi a importância para você e sua família das redes de solidariedade na pandemia?  As doações das cestas básicas foram muito importantes porque ocorreram em um momento de desemprego e me trouxeram estabilidade alimentar para mim e minha família. 

Como é a sua relação com seus filhos?  Eu tenho uma relação com as minhas filhas de amizade, de segurança, de confiança. Nós somos muito apegadas, somos muito amigas.

Como é a sua relação com a sua comunidade?  Tenho uma relação normal com a minha comunidade. Têm pessoas que eu posso contar, têm pessoas que podem contar comigo. Um ajudando o outro e aí a vida segue.

Qual a sua mensagem para as Mães do Brasil? O que você espera que elas vejam com a sua história?  A minha mensagem para as mães do Brasil é que elas tenham fé e que não desistam dos seus sonhos. Eu espero que elas vejam na minha história uma mulher forte, determinada, cheia de fé e esperança. Porque a gente tem que carregar tudo isso dentro de nós. Nós somos potência, somos importantes para a nossa comunidade, para a nossa sociedade.