Especialista ajuda a desvendar o mundo do Bitcoin, essa moeda virtual

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  • Hugo Brito

Publicado em 26 de julho de 2018 às 05:01

- Atualizado há um ano

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  Muito tem se falado da moeda virtual, o Bitcoin. Para tentar esclarecer um pouco mais sobre o assunto conversei com Bruno Peroni, Diretor de Relações com Investidores da Atlas, empresa especializada na área. Hoje aqui na coluna trago o resumo dessa minha conversa para clarear um pouco mais as coisas e, quem sabe, ajudar na sua opção de investimento.  O que é a tão famosa Bitcoin?   O Bitcoin é a primeira moeda digital - ou criptomoeda - descentralizada do mundo. O conceito principal por trás deste novo tipo de ativo é poder fazer transações entre duas partes com total independência de donos, autoridades ou organizações terceiras capazes de controlá-lo, como bancos e governos.  É seguro investir em Bitcoins?   Para ser uma moeda descentralizada, o Bitcoin utiliza uma tecnologia baseada em protocolos de confiança e criptografia denominada blockchain, onde os próprios usuários validam as transações em um sistema público consensual através de incentivos, sendo seus registros invioláveis e imutáveis. Apresentado ainda em 2008, o Bitcoin foi a primeira criptomoeda a utilizar tal protocolo de confiança como mecanismo de circulação. Dez anos depois, ainda não sofreu nenhum ataque capaz de prejudicar sua estrutura de segurança, mesmo já sendo um mercado de mais de 125 bilhões de dólares, o que comprova a estabilidade e segurança da tecnologia blockchain.  Como faço para investir?   O Bitcoin é uma criptomoeda acessível por qualquer pessoa, onde um usuário pode criar uma carteira virtual em poucos minutos e negociar com pessoas no mundo todo, independentemente de terceiros. Para facilitar o acesso a esta nova categoria de ativo digital, já existem intermediários no Brasil e no exterior que oferecem vantagens e segurança para novos investidores, como bolsas, corretoras e plataformas de investimento. Na nossa empresa, por exemplo, oferecemos aos clientes serviços financeiros de compra de bitcoins, bem como estratégias de investimento em criptomoedas baseadas em conceitos do mercado financeiro tradicional, como arbitragem financeira e negociações em alta frequência. Entretanto, nada impede que pessoas em todo o mundo continuem negociando diretamente seus bitcoins entre si, sem a necessidade da intervenção ou permissão de bancos ou organizações similares. O investimento em bitcoin é baseado em uma expectativa de crescimento do seu preço, que é influenciado por uma expectativa de adoção da criptomoeda como meio de pagamento, aumentando a demanda pelo ativo. A oferta total de bitcoins é limitada e uma demanda crescente puxa o preço para cima, sendo ainda um ativo bastante volátil.  Há o risco do mercado Bitcoin ser uma bolha?   Assim como no mercado financeiro tradicional, o mercado de criptomoedas também está sujeito a variações de preço, no que se torna fundamental equilíbrio, conhecimento e análise dos riscos antes da tomada de qualquer decisão de investimento. O termo “bolha” normalmente reflete um crescimento insustentável nos valores de um bem, mas não necessariamente se confundem com as oscilações comuns no mundo das finanças, ainda mais em mercados tão inovadores como o das criptomoedas. Jimmy Song, por exemplo, é uma das maiores autoridades no assunto e defende que o mercado do bitcoin está aos poucos amadurecendo e se tornando cada dia mais estável, onde algumas estatísticas já demonstram claramente tal tendência.  Você acha que o mercado Bitcoin vai substituir o sistema monetário convencional ou ele vai apenas complementar ou melhorar o que temos?   Ainda é muito cedo para afirmar se criptomoedas e blockchain vão substituir o sistema monetário convencional. Entretanto, já há claros indícios de novas aplicações e utilizações para a tecnologia blockchain e criptoativos nos mais diversos setores, como finanças (transferências internacionais e câmbio) e transações de operadores logísticos, num mercado que já movimenta mais de 300 bilhões de dólares em números atuais, o que torna inegável sua relevância para o futuro.  Agora olhando para o Brasil. Como está o cenário do Bitcoin?   No Brasil, as coisas ainda andam um pouco devagar em relação aos incentivos e segurança jurídica para o mercado de criptomoedas em geral, com ações eminentemente defensivas e cautelosas de nossas instituições governamentais e regulatórias. Apesar de tudo, ainda temos um ecossistema bastante ativo, com um volume considerável de transações em Bitcoin. Considerando apenas transações que operam com o par Bitcoin (BTC)/ Real (BRL), que as divulgam e aceitam depósitos e retiradas em Reais (R$), movimentamos mais 50 milhões de reais diariamente, de acordo com informações fornecidas pelo site bitvalor. Tal índice hoje não considera o mercado de balcão, do qual nós da Atlas Quantum e outras empresas somos parte relevante, então as estimativas é que tenhamos um volume ainda maior na prática, em um ritmo de crescimento bastante acelerado.