Espera para embarcar em lanchas para Mar Grande chega a 4h30

Segundo funcionários do terminal, o trafego das lanchas ficou suspenso das 10h às 11h30

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  • Bruno Wendel

Publicado em 12 de outubro de 2018 às 15:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/CORREIO

Bonés, camisas, toalhas, cangas, sombrinhas e até papelão. Valia de tudo para minimizar o sol escaldante que castigava uma fila formava a partir do Terminal Náutico na manhã desta sexta-feira (12). O fluxo de pessoas no primeiro dia do feriadão de Nossa Senhora Aparecida, para embarcar nas lanchas para Mar Grande, aliada à interrupção do serviço por uma hora e meia por causa da maré baixa, formou uma fila de pouco mais de 300 metros e teve gente que passou 4h30 em pé. 

Segundo funcionários do terminal, o trafego das lanchas ficou suspenso das 10h às 11h30. “A maré estava muito baixa. Quando está acima, a gente para”, disse um dos funcionários. Do terminal dava para ver a olho nu o banco de areia do entorno do Forte São Marcelo, que normalmente fica coberto.  

A doceira Soraia Sena, 44 anos, chegou às 7h30 e somente às 11h30 pagava a passagem no guichê. “Sofremos aqui, viu? O sol está de lascar. Mas tudo vale à pena quando a gente quer reunir a família”, disse ela, que foi para a Praia de Conceição. Com uma latinha de cerveja na mão, a promotora de vendas Edna Silva, 36, amenizava o calor. “O lado bom disso tudo é que pelo menos quando chegar, já vou cair logo na água”, comentou. 

No meio da fila, a fome atacou e a comerciante pernambucana Jane Lúcia Bezerra Dias, 59, abriu uma quentinha e caiu para dentro. “Sinceramente, não contava com uma demora dessa. Chegamos aqui às 9h30. A gente não pode é ficar com fome”, dizia ela, entre uma garfada e outra. A amiga, a funcionária pública Rosângela Verdes, 49, disse que, apesar do calor e a extensa fila, todo o sacrifício é válido. “Tá russo, mas depois vem a recompensa com um bom banho de mar na companhia da família e amigos”, declarou.

Por volta do meio dia, a fila ultrapassada do Porto de Salvador. O eletricista Eduardo Barros era um dos últimos da fila. “Rapaz ... Só não vou embora por que tem gente lá do outro lado me esperando, mas que dá uma vontade de desistir, dá”, disse ele, contrariado.