Espetáculo A Tempestade retorna com exibição virtual no Vila Velha

Apresentação gratuita acontece nesta terça (17), no Youtube do teatro, onde se realiza também roda de conversa; peça de Shakespeare ganha duas exposições

Publicado em 16 de agosto de 2021 às 20:20

- Atualizado há um ano

. Crédito: João Milet Meirelles/divulgação
A Tempestade por João Milet Meirelles/divulgação

O espetáculo A Tempestade, que encena o texto do dramaturgo inglês William Shakespeare, tem exibição gratuita nesta terça (17), às 19h, no Youtube do Teatro Vila Velha. Interrompida em março de 2020 devido a pandemia da covid-19, a montagem é da Companhia do Teatro dos Novos, que comemorou 60 anos de existência e tem direção de Marcio Meirelles.

Após a exibição, às 17h20, também no Youtube do Vila, realiza-se uma roda de conversa com a participação dos grupos do projeto Boca de Brasa, iniciativa da Fundação Gregório de Matos. Complementando a experiência de fruição do espetáculo, duas exposições virtuais marcam o retorno da peça A Tempestade.

Dia 20/8 a exposição homônima apresenta detalhes sobre o processo de realização da montagem, já no dia 27/8, a exposição Novos aos 60 recorda as histórias da Companhia Teatro dos Novos. Ambas as mostras estarão disponíveis a partir das 19h no Artsteps do Vila.

A Tempestade conta a história de Próspero, o Duque de Milão, que sofre um golpe de estado tramado por seu irmão Antônio e é exilado em uma ilha com sua filha, Miranda. Lá, anos depois, manipula as forças da natureza, através da magia, para retomar o poder perdido. Uma tempestade criada por Ariel, ser mágico a serviço de Próspero, provoca o naufrágio do navio onde estão os nobres que o destituíram do ducado, entre eles, o rei de Nápoles, Alonso, e seu filho Ferdinando.

Como um bom estrategista, ele quer tomar de volta o poder e casar sua filha Miranda com o príncipe de Nápoles, aumentando assim seu poder. Só que nem tudo é controlado: nessa trama, Caliban, escravizado por Próspero, também planeja derrubar seu inimigo. Para Lucio Tranchesi, que interpreta o duque exilado, “Próspero não era um bom estadista, mas era uma pessoa sensível que optou pelo estudo do oculto e com isso sofreu o golpe”.

Com as exposições, que têm curadoria de Edu Coutinho, o público consegue caminhar pelo cenário 3D, se aproximar e se afastar das fotografias e ter acesso à atmosfera dos espetáculos. A primeira mostra, A Tempestade, revela detalhes sobre o espetáculo homônimo, o processo de criação e o sentido político da peça, reunindo fotografias de cena feitas por João Milet Meirelles durante a temporada que foi interrompida pela pandemia, os registros de ensaio feitos pelo próprio elenco, além dos trechos do texto e um mural que apresenta os personagens e as suas conexões, revelando certa simetria orquestrada por Shakespeare ao escrever a peça. 

Já na sexta-feira seguinte (27) acontece a segunda exposição, Novos aos 60, que tem uma razão especial: celebra os sessenta anos da Companhia Teatro dos Novos. Desta vez, a exposição é conduzida por fotografias dos espetáculos costuradas por pequenos textos que vão ajudando a contar a história da companhia, desde a primeira peça, O Auto do Nascimento, apresentada em Itabuna em 1959, até as produções mais recentes, como Quem Não Morre não Vê Deus", de 2021.

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