Espetáculo de Ricardo Castro reabre Teatro Molière

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  • Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: foto: Tetê Marques/divulgação

Depois de um hiato de quase dois anos, causado pela pandemia, o Teatro Molière da Aliança Francesa, na Ladeira da Barra, abre as portas para o público presencial, 40 pessoas por sessão, neste sábado, às 17h, com o espetáculo Quixeramobim, novo solo do ator baiano Ricardo Castro. Na peça, ele aprofunda a linha tênue que separa realidade e ficção a partir da história de amor de um pai por sua filha, cuja vida é povoada por grandes e icônicas personalidades nordestinas. A montagem fica em cartaz até 30 de outubro, sempre aos sábados.

Além da alegria de voltar aos palcos, com direto a uma plateia de “carne e osso”, ainda que cumprindo todos os protocolos sanitários, Ricardo Castro destaca o fato de estar reinaugurando a programação presencial do Molière: “É um misto de honra, prazer, gratidão e compromisso com a excelência do meu ofício. Mais que ansioso, me vejo faminto, sedento por esse encontro presencial, sem o qual o teatro não se estabelece. Tudo o que fizemos online, nas lives e transmissões durante a pandemia, é uma outra linguagem. Teatro só é teatro de verdade, se for presencial".

A ideia inicial de Quixeramobim era ser uma comédia, escrita por encomenda para uma amiga de Ricardo Castro, mas uma notícia real ocorrida na cidade cearense de Quixeramobim, que só será revelada ao público durante o espetáculo, mudou completamente o rumo da montagem, que passou a conter elementos mais poéticos, dramáticos e sociais. Na trajetória do ator, esse é o seu sétimo espetáculo solo, dentro do projeto Solo Fértil, que vem conduzindo desde 1999, com a estreia do sucesso R$ 1,99.

Da mesma forma que em R$1,99, Quixeramobim segue o formato-base da sua Companhia de um Homem Só: o ator cria e executa todas as funções criativas de um espetáculo teatral, do texto à atuação, passando pela direção, iluminação, cenografia, figurino, maquiagem, trilha sonora e produção. A cenografia, assim como o figurino, tem influência das xilogravuras que ilustram os cordéis vendidos em feiras populares do Nordeste, e da obra do pintor Alfredo Volpi, que se destaca por suas paisagens e temas populares e religiosos. A trilha sonora tem como ponto central as composições de Fausto Nilo, filho de Quixeramobim, assim como o beato revolucionário Antônio Conselheiro.

Também presencial é o curso que Ricardo Castro já iniciou no Teatro Molière, como seu primeiro artista residente nessa nova fase da casa. São 12 encontros de três horas cada um, em turma com número limitado de participantes e com todos os cuidados relacionados à pandemia, onde o aluno escolherá seu tema, escreve seu texto, decide a direção cênica, cria iluminação, figurinos e cenários. “O que vou trocar com os alunos é justamente o método que venho desenvolvendo na minha companhia desde 1999, e que é o mesmo de Quixeramobim”, diz o artista.   

SERVIÇO

Teatro Molière, de 18/9 a 30/10, às 17h. Ingresso: R$ 50 | R$ 25