Estrangeiros vencem a 30ª Corrida Dez Milhas Garoto

Corredores do Quênia e de Uganda são os vencedores no Espírito Santo

Publicado em 29 de setembro de 2019 às 11:47

- Atualizado há um ano

. Crédito: Herbem Gramacho/CORREIO

O Brasil não teve vez na 30ª edição da Dez Milhas Garoto, corrida de 16km que reuniu mais de 12 mil atletas neste domingo (29), com largada em Vitória e chegada em Vila Velha (ES). A principal prova do calendário capixaba e uma das mais tradicionais do país foi vencida por dois africanos: o queniano Geofry Kipchumba na categoria masculina e a ugandense Viola Chemos na feminina.

Kipchumba fez a corrida mais parecer um desfile. Liderou de ponta a ponta e em nenhum momento viu sua vitória ameaçada até cruzar a linha de chegada após 48min18s. Baixou em quase dois minutos o tempo de 50min15 que havia dado a ele o 3º lugar na edição de 2018.

“No ano passado eu fiquei em terceiro porque foi minha primeira vez correndo nesta prova e agora estava mais preparado. Foi mais fácil para mim”, comentou Kipchumba, que ganhou a Meia Maratona de São Paulo em fevereiro.

O melhor brasileiro foi o mineiro Giovani dos Santos, terceiro colocado com o tempo de 49min28s, atrás de mais um queniano, Nicholas Keter (48min24s). O pódio foi completado por Marco Joseph Marco, da Tanzânia, em quarto lugar (50min40s), e pelo também mineiro Gilmar Lopes, em quinto com 50min53s.

“Meu tempo foi alto. No final o ritmo caiu um pouco, a umidade estava alta, mas estou feliz pela colocação. Aqui no Brasil, hoje em dia, não tem como trabalhar tempo. Tem que trabalhar a posição”, declarou Giovani, que ainda vai correr uma prova de 10km em Campinas (SP) como parte da preparação para o alvo maior do final da temporada, que é a Corrida de São Silvestre, em São Paulo. Kleidiane Jardim, Joziane Cardoso, Viola Chemos, Rejane Bispo e Ayelu Deme no pódio feminino (Foto: Herbem Gramacho/CORREIO) Entre as mulheres, a campeã Viola Chemos vem conquistando o que aparece pela frente. Uma semana depois de vencer o Circuito Longevidade no Rio de Janeiro, ela subiu ao lugar mais alto do pódio também em Vila Velha. “Ganhei no Rio 6km e agora novamente número 1. Estou aqui há um mês, feliz de estar no Brasil”, contou.

O segundo lugar ficou com a brasileira Joziane Cardoso, que completou o percurso entre Vitória e Vila Velha em 59min57s, 18 segundos atrás da corredora de Uganda.

“O ritmo estava bem fraco no início, mas aí botei meu ritmo e, depois que subiu a ponte (no km 5) eu me senti muito bem. E quando desci muito bem (km 8), eu falei: cara, acho que hoje dá. No km 12 uma menina saiu e ficamos só nós duas. No km 15 eu tentei passar, mas não sei de onde elas tiram a raça. Estava ali pertinho, eu tirava um pouquinho, ela tirava. Acho que a gente estava no mesmo ritmo eu não conseguia tirar (a vantagem) dela. Mas estou muito feliz mesmo por estar correndo bem de novo”, comemorou a paranaense.

Na carreira, ela já venceu a Meia Maratona de São Paulo, a do Rio e a Volta da Pampulha, entre outras do segmento. “A Dez Milhas e a São Silvestre são as únicas que eu não ganhei no Brasil, então tenho muita vontade de ganhar essa prova. Mas ano que vem estou aqui de novo e, se Deus quiser, uma hora vai”, afirmou.

Como melhores brasileiros da corrida, ela e Giovani ganharam premiação extra de R$ 10 mil, mesmo valor dado aos vencedores. O pódio feminino teve ainda Rejane Ester Bispo (1h00min13s), Kleidiane Jardim (1h00min16s) e Ayelu Deme, da Etiópia (1h00min17s).