EUA e Holanda duelam pelo título mundial de futebol

Americanas chegam à final, que começa às 12h, para tentar quarto título, enquanto holandesas buscam caneco inédito para o país

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  • Fábio Vasconcelos

Publicado em 7 de julho de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fotos de Loic Venance e Franck Fife/AFP

O futebol tem o dom de pregar peças e surpreender, mesmo quando tudo tende a acontecer a favor de um dos adversários. Na final da Copa do Mundo Feminina, que acontece neste domingo (7), às 12h, entre Estados Unidos e Holanda, a seleção americana entra como franca favorita em Lyon, na França. É óbvio que isso não garante o quarto título dos EUA na competição de forma antecipada, mas a campanha do time da capitã Megan Rapinoe é honrosa. Elas colecionam resultados significativos, como os 13x0 sobre a Tailândia na fase de grupos. No final da campanha, foram seis vitórias em seis jogos disputados. Esses números são idênticos aos da seleção da Holanda, que também venceu todas as partidas. O que mais pesa na decisão é a tradição. Enquanto os EUA estão em busca do tetra, após disputar oito Copas do Mundo, o time da técnica Sarina Wiegman corre atrás de um título inédito para o país, disputando a competição pela segunda vez. Na entrevista coletiva realizada no sábado (6), Sarina Wiegman apontou e admitiu o favoritismo das americanas. Por outro lado, reforçou a confiança de que sua equipe tem capacidade para surpreender. “Estamos muito felizes com o que fizemos até aqui. Sabemos que os Estados Unidos são favoritos. Respeitamos elas. Mas esse é um jogo só, e acredito que tudo pode acontecer”, ressaltou a treinadora. Sarina Wiegman também foi questionada se existia uma espécie de “trauma holandês” em finais de Copa do Mundo. Na pergunta, eram apontadas as finais dos Mundiais masculinos de 1974, 1978 e 2010, todos perdidas pela Holanda. A comparação não agradou a treinadora. “De forma alguma. Não nos sentimos nem um pouco responsáveis por isso. Temos que pensar na nossa equipe e no nosso melhor”, respondeu.  Por falar nisso, Lieke Martens não tem presença garantida na finalíssima. Eleita melhor do mundo em 2017, a holandesa deixou a semifinal diante da Suécia, com dores no dedão. “Ela está se preparando para o jogo. Ainda não sabemos se poderá começar entre titulares. Estamos trabalhando ainda e decidiremos amanhã (hoje)”, disse Sarina.Respeito  Com um discurso forte e sem rodeios, a capitã da Seleção dos EUA, Megan Rapinoe, fez questão de deixar claro suas opiniões, sua confiança e suas críticas na entrevista coletiva do sábado, na véspera da decisão. A final deste domingo terá a atenção do mundo dividida com a final da Copa América, entre Brasil x Peru, e da Copa Ouro, que terá o duelo entre EUA x México. Sem pestanejar, Rapinoe considerou o cenário desrespeitoso. “Vocês não se sentem desrespeitados com isso? É uma terrível ideia ter tudo no mesmo dia. Pera aí, é Copa do Mundo. Cancelem tudo. Não sei como permitiram isso, ouvi que simplesmente não pensaram. O que é inacreditável. É por isso que acho que não recebemos o mesmo nível de respeito em geral”, disse a capitã, que está recuperada de lesão e entra em campo neste domingo.