Eurocopa à brasileira: sete jogadores nascidos do Brasil jogarão o torneio

Atletas estão distribuídos em cinco países

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  • Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2021 às 19:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação, Reprodução/Twitter e Reprodução/Chelsea

A temporada europeia de clubes chegou ao fim, mas os principais jogadores do continente não terão folga. Já nesta sexta-feira (11), Turquia e Itália deram o pontapé inicial para a Eurocopa 2020, com vitória italiana por 3 a 0. A competição será realizada em múltiplas sedes e terá a final no estádio de Wembley, em Londres. Apesar de ser um campeonato restritamente de seleções europeias, o toque brasileiro vai dar o tom nos principais palcos do velho continente: sete jogadores nascidos aqui estarão no torneio.

O número é um recorde da história da competição, que completou 60 anos em 2020. Até por isso, essa edição é considerada especial, e pela data comemorativa será realizada em diversas sedes por toda a Europa. Ao todo, 11 cidades receberão jogos com maior ou menor taxa de ocupação das arquibancadas, ainda como forma de prevenção ao novo coronavírus. São sedes da Euro as cidades de: Londres (Inglaterra), Amsterdã (Holanda), Baku (Azerbaijão), Bucareste (Romênia), Copenhague (Dinamarca), Glasgow (Escócia), Munique (Alemanha), Roma (Itália), São Petersburgo (Rússia), Sevilla (Espanha) e Budapeste (Hungria).

Os brasileiros Entre os sete jogadores nascidos no Brasil, cinco vão jogar a Eurocopa pela primeira vez na carreira. Apenas Thiago Alcântara e Pepe já tiveram a experiência de jogar a competição anteriormente, e o zagueiro foi campeão do torneio, em 2016. Esses atletas estão nas seleções da Itália, Espanha, Portugal, Rússia e Ucrânia, sendo que a Azzurra tem três brasileiros, a recordista da atual edição. Veja quem são:Rafael Tolói - Itália Foto: Divulgação/Atalanta Atualmente com 30 anos e com passagens por seleções brasileiras de base, o zagueiro vai representar a seleção italiana na Eurocopa. Tolói foi revelado no Goiás e, após alguns anos de destaque no Esmeraldino, incluindo participação no título brasileiro da Série B 2012, se transferiu para o São Paulo ainda naquele ano. O defensor não pôde terminar a Segundona no Goiás, mas fez parte do time do tricolor paulista campeão da Copa Sul-Americana daquele mesmo ano. Ele chegou a ser escolhido para a seleção do campeonato continental. Após alguns meses emprestado na Roma, foi comprado pela Atalanta em 2015, e está no clube até hoje. Titular da equipe do técnico Gasperini, fez história ao ajudar o clube a chegar nas suas primeiras disputas de Liga dos Campeões da Europa.Emerson Palmieri - Itália Foto: Divulgação/Chelsea Campeão Sul-Americano sub-17 com a seleção brasileira, Emerson foi um "menino da Vila". Foi revelado pelo Santos no ano de 2011, ainda com 16 anos, mas voltou para as categorias inferiores do clube. Pelo profissional, o lateral esquerdo não fez muitos jogos e foi para a Europa no ano de 2014, emprestado para o Palermo. No ano seguinte, foi novamente emprestado, desta vez para a Roma, onde agradou e foi comprado em definitivo em 2016. Emerson ficou na capital italiana até janeiro de 2018, quando teve os direitos econômicos adquiridos pelo Chelsea. Naquele mesmo ano, foi convocado para a seleção italiana pela primeira vez. Foram 15 jogos de lá para cá, e chega para a Eurocopa como campeão da Liga dos Campeões com o clube inglês, que bateu o Manchester City no último dia 29 de maio. Emerson, inclusive, poderia não ter vencido a Champions, porque esteve perto de ser vendido para a Internazionale no início da temporada 2020/2021.Jorginho - Itália Foto: Reprodução/Chelsea Nascido em Imbituba-SC, o volante Jorginho atualmente tem 29 anos e, diferente de seus companheiros brasileiros de Itália, jamais jogou profissionalmente no futebol brasileiro. Se mudou para o país que defende logo aos 15 anos, e deu os primeiros passos em campo na base do Hellas Verona. Foi na terra de "Romeu e Julieta" que o catarinense se profissionalizou e atuou até 2014, quando foi comprado pelo Napoli. Rapidamente se tornou peça importante do clube por onde atuou por quatro anos e foi campeão da Copa da Itália. Em 2018, Jorginho foi comprado pelo Chelsea, onde joga com Palmieri e o também brasileiro Thiago Silva. Titular da equipe de Thomas Tuchel, chama atenção pela qualidade nas cobranças de pênalti. Segundo o site Transfermarkt, o ítalo-brasileiro tem 33 pênaltis batidos na carreira e apenas quatro erros, o que dá um aproveitamento próximo a 90%.Pepe - Portugal Pepe conquistou Eurocopa ao lado de Cristiano Ronaldo (Foto: Divulgação) Brasileiro mais consagrado da atual edição da Eurocopa, Pepe chega a sua quarta participação por Portugal com a chance de defender o título conquistado em 2016. Aos 38 anos, parece interminável e vem de uma excelente temporada com o time do Porto, que chegou até as quartas de final da Liga dos Campeões e foi o adversário mais duro do campeão Chelsea. Pepe foi eleito pela torcida como o melhor jogador do clube na temporada. O alagoano fez a divisão de base no Corinthians-AL e se mudou para Portugal aos 17 anos, em 2001. Recebeu oportunidades no Marítimo e, em 2004, foi comprado pelo Porto. Três anos depois, vieram a estreia pela seleção portuguesa e a transferência para o Real Madrid, onde se tornou ídolo e tricampeão da Liga dos Campeões. Após sair de Madrid, ainda jogou pelo Besiktas antes de retornar ao Porto. Pela seleção lusitana, ganhou a Eurocopa e a Liga das Nações.Mário Fernandes - Rússia Foto: Reprodução/Site da Federação Russa de Futebol Mais um jogador da lista a atuar por seleções brasileiras de base, Mário Fernandes está com 30 anos atualmente e defende a seleção russa desde 2017. Fez parte, inclusive, do time da Copa do Mundo de 2018, disputada no próprio país, e que os russos chegaram até as quartas de final da competição. Titular absoluto da seleção, Mário foi revelado no Grêmio e se destacou bastante no Imortal, chegando a ganhar prêmios individuais no Brasileirão e convocações para a seleção brasileira. O lateral direito recusou uma convocação no ano de 2011, quando a seleção era treinada por Mano Menezes, mas atuou durante 45 minutos com a camisa verde e amarela em um amistoso contra o Japão. Desde 2012, defende as cores do CSKA Moscow, onde disputou quase 300 jogos e foi tricampeão russo.Thiago Alcântara - Espanha Foto: Reprodução/Twitter Talvez Thiago seja o "menos brasileiro" da lista. Nascido na Itália, o meio-campista é filho de Mazinho, ex-jogador campeão em 1994 da Copa do Mundo com a seleção brasileira. Com a mãe também brasileira, ele tem cidadania do país, mas nunca atuou profissionalmente por aqui. Também é possível dizer que o meio-campista está acostumado com camisas pesadas em sua carreira. Isso porque começou a vida profissional no Barcelona treinado por Pep Guardiola, onde ficou até 2013. De lá, foi contratado pelo Bayern de Munique até fechar seu ciclo de sete anos com a conquista da Liga dos Campeões 2019-2020, onde foi destaque do time, especialmente na final. Atualmente joga no Liverpool e tem 30 anos. Thiago esteve na última Eurocopa e foi tricampeão do torneio na base, pelo sub-17 e sub-21.Marlos - Ucrânia Foto: Reprodução/Shakhtar Donetsk Paranaense de São José dos Pinhais, Marlos é meia e teve bons momentos no Brasil, desde que surgiu no Coritiba em 2006. Ainda muito jovem, foi campeão brasileiro da Série B com o Coxa e chamou a atenção do São Paulo, que comprou o jogador em 2009, no momento que buscava um tetracampeonato brasileiro consecutivo. Atuou no clube paulista e teve destaque até ser vendido para o Metalist, da Ucrânia, no início de 2012. De lá para cá, Marlos não saiu mais do país que defende atualmente. Dois anos depois de chegar lá, foi mais um brasileiro a se transferir para o Shakhtar Donetsk, onde joga até hoje e é ídolo, inclusive como um dos dez jogadores a atuar mais vezes com a camisa do clube. Marlos se naturalizou ucraniano em 2017, durante as eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, que a Ucrânia ficou de fora. Tem 25 partidas disputadas e um gol marcado.

O torneio A Eurocopa 2020 conta a participação de 24 times, divididos em seis grupos de quatro times cada um. Os dois primeiros de cada chave se classificam automaticamente, junto com os quatro melhores terceiros colocados. A partir daí, os 16 sobreviventes encaram o mata-mata, a partir das oitavas de final até a grande decisão. Confira os grupos:

Grupo A Itália País de Gales Suíça Turquia

Grupo B Bélgica Dinamarca Finlândia Rússia

Grupo C Áustria Holanda Macedônia do Norte Ucrânia

Grupo D Croácia Escócia Inglaterra República Tcheca

Grupo E Eslováquia Espanha Polônia Suécia

Grupo F Alemanha França Hungria Portugal

*sob orientação do editor Herbem Gramacho