Eventos contribuem para prevenção do suicídio em Salvador

Ações fazem parte de atividades do Setembro Amarelo

Falar sobre suicídio, embora ainda seja um tabu, é uma das formas de evitar que esse ato de extremo desespero ocorra. Uma das ações preventivas ligadas ao problema, que ganha projeção e engajamento cada vez maior, é o Setembro Amarelo, mês de conscientização a respeito do tema. A campanha mobiliza a equipe da Holiste Psiquiatria, que participa e promove eventos sobre o tema, tendo o mote de que suicídio se previne com informação. 

O debate gratuito “(In) existência, cultura, suicídio” terá em três datas.  A primeira é amanhã, na Uneb, em Salvador, Campus I, no Cabula. Ainda na quarta-feira, o debate sobre o assunto e a prevenção segue no Encontros Holiste, evento gratuito e aberto ao público.  A atividade ocorre na sede da clínica, localizada no bairro de Pituaçu, e terá como palestrantes a psicóloga Ethel Poll, tratando do tema “A dor de existir” e a psiquiatra Fabiana Nery, que faz palestra com o tema “Precisamos falar sobre isso”. 

Os eventos continuam durante a próxima semana. Na quinta-feira (20) a atividade acontece na OAB - subseção Valença (BA) e dia 21, no Colégio Municipal Hildécio Antônio Meireles.

Idealizado pelo sociólogo Antonio Mateus Soares, o evento traz entre os palestrantes do evento a psicóloga Caroline Severo e o psiquiatra Victor Pablo, que vão fazer parte do debate interdisciplinar sobre a vida mental na sociedade contemporânea e suas desordens.

“O suicídio é um ato radical, no qual o sujeito atenta contra a própria vida e decreta uma ruptura definitiva com aquilo que o está fazendo sofrer. É importante entender que este ato é, na maioria das vezes, a única possibilidade que o sujeito encontra para dar fim a dor da sua própria existência”, explica a psicóloga Ethel Poll.  A psiquiatra Fabiana Nery salienta que o suicídio geralmente é o desfecho trágico de doenças psiquiátricas em estágio grave, como transtornos afetivos (depressão e transtorno bipolar), transtornos psicóticos e alcoolismo. 

“Identificar, avaliar e manejar pacientes suicidas é uma importante tarefa do psiquiatra, que tem um papel fundamental na prevenção do suicídio. Não é fácil perguntar aos pacientes sobre suas ideias suicidas, porém é uma atitude essencial na prevenção”, destaca.